O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador Diálogos internacionais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Diálogos internacionais. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Antonio Paim: de militante comunista na União Soviética a guru do liberalismo brasileiro - Felipe Vidal Benvenuto, Alberto Tomás Paixão Borges (Diálogos Internacionais)

Antonio Paim não era só um guru do liberalismo brasileiro, e muito menos na era Bolsonaro. Era um grande intelectual, pensador tout court, e não só do liberalismo, mas do conhecimento universal. (PRA)

Notas biográficas de Antonio Paim: de militante comunista na União Soviética a guru do liberalismo brasileiro na era Bolsonaro

Volume 10 | Número 97 | Mar. 2023

Imagem de Andrew Martin por Pixabay

Por Felipe Vidal Benvenuto Alberto
Tomás Paixão Borges

RESUMO

Na busca por recriar os caminhos trilhados por uma figura bastante singular do Pensamento Político Brasileiro, este trabalho perpassa aspectos pessoais e inusitados da vida de Antonio Paim, que militou como comunista na União Soviética e terminou sua vida como referência para figuras significativamente distanciadas desses ideais. Em paralelo aos aspectos essencialmente biográficos, é esboçada também uma análise acerca da ideologia política defendida e propagada por Paim, ainda que tenha se mostrado tão caleidoscópica ao longo de sua vida. Como um expoente intelectual brasileiro, a despeito de seu posicionamento político, esse aspecto não poderia ser ignorado.

Palavras-chave: Marxismo; Liberalismo; Pensamento Político Brasileiro; Extrema-Direita.

INTRODUÇÃO E ORIGENS

Antonio Ferreira Paim nasceu na cidade de Jacobina, na Bahia, em 1927, sendo criado pela sua avó juntamente com seus irmãos. Filho de um homem envolvido com o meio musical, em determinado momento Paim chegou a acumular, entre os seus muitos afazeres para uma criança, a prática de trompetista, algo que não passou de uma imposição familiar em sua vida. Apesar de seu marcante afastamento das memórias de infância, motivado principalmente pelo tardio interesse no levantamento de sua biografia, com o protagonista já em idade avançada, ainda é possível encontrar características que posteriormente viriam aflorar nas seus pensamentos e atividades desenvolvidas. O mais evidente destes casos é certamente a sua aberta inspiração no irmão mais velho, Isaias Paim, que viria a se tornar um médico psiquiatra dedicado à organização do conteúdo teórico existente sobre a área na sua época (JUVENTUDE, 2018).

Seguindo o padrão do período, Paim frequentou simultaneamente o ginásio escolar — atualmente chamado de segundo grau — e o Tiro de Guerra, instituição vinculada ao Exército Brasileiro voltada a ser formação de entrada de estudantes secundaristas no serviço militar. Contudo, o caráter desimportante desta formação complementar precisou ser revogado em 1943, quando a integração do Brasil na Segunda Guerra Mundial leva à incorporação de reservistas como o futuro pensador político. Recém-chegado ao Rio de Janeiro e decidido a seguir seus estudos pela área das ciências exatas, Paim é surpreendido pelas novidades e passa por alguns anos de intensas mudanças forçadas pelos seus serviços militares vinculados a Exército e Aeronáutica.

MILITÂNCIA NO PCB E PERÍODO MARXISTA

Na segunda metade da década de 40, a convulsão do pós-guerra colabora fortemente para a ampla disseminação dos ideais comunistas principalmente entre os jovens do país. Assim, segundo palavras do próprio autor, “influenciado pelos amigos” que ingressaram o Partido Comunista Brasileiro (PCB), Paim também o fez, sendo, inclusive, convocado para trabalhar na Tribuna Popular, um diário carioca diretamente ligado a essa vertente ideológica. Segundo seus relatos em entrevistas recentes, chegou a ser preso em 1948 por reagir com tiros a uma tentativa da polícia de fechar seu local de trabalho da época e, depois da prisão, considerou-se um “verdadeiro líder comunista” (BRUNO, 2016), pois passou a organizar e promover manifestações e greves na região Nordeste. Nesse momento, o autor afirma que estava sendo formado para ser um “bolchevique”, que na definição de seus correligionários era alguém “sem alma”, que não poderia ter amigos ou família. Em suas palavras, passou por um processo de desumanização, até que foi convidado a estudar o marxismo em Moscou.

Na Rússia, Paim inicia seus estudos na Universidade de Lomonosov e ali se apaixona por uma tradutora nativa, sofrendo duras críticas dos integrantes do partido — devido à definição do que deveria ser um bolchevique — porém ignorou-as e decidiu por casar-se com a russa (PAIM, [s.d]). Após muito tempo de estudo aprofundado, o autor alega ter encontrado incoerências no pensamento marxista, mas somente quando foi divulgado o Relatório Khrushchev, que acusava Stalin “pelo uso indiscriminado de violência, execuções, processos fraudulentos contra adversários políticos, violando todas as normas de legalidade revolucionária” (DISCURSO, [s.d.], p. 11), que decidiu abandonar o PCB, pois, em suas palavras, o partido foi criado para ser “imagem e semelhança” do que ocorria na Rússia.

Regressando ao Brasil, mais especificamente ao Rio de Janeiro, onde anos atrás havia tentado sem sucesso se estabelecer, o autor deixou suas “aventuras mais revolucionárias” para trás e retornou às atividades acadêmicas convencionais, iniciando o curso de Filosofia, na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Apesar de haver deixado o Partido Comunista, Paim ainda se considerava marxista, muito por só ter estudado esta corrente durante toda a sua juventude. Na atualidade, o autor afirma que naquele período conhecia a crítica marxista a todos os principais autores filosóficos, porém não estudava suas ideias em si. Por desejar conhecer a filosofia que considera lhe ter sido privada pelo foco marxista, inscreveu-se na cadeira de Kant da Faculdade de Filosofia e começou a estudar com afinco as ideias kantianas, às quais se dedicou por mais de 15 anos.

GUINADA LIBERAL E CRÍTICA AO MARXISMO

Como a situação política do Brasil nos anos 60 não permitiu que Paim realizasse sua tese sobre marxismo à época, é somente muitos anos mais tarde, que ele publica seu livro Marxismo e Descendência (2009). Nele, o autor descreve o marxismo como um sistema filosófico que, com base em uma visão econômica da realidade, discorre sobre o Estado, a sociedade e o pensamento. Na obra, Paim critica as incoerências desse sistema ao desconsiderar os sistemas com líderes democráticos que prosperavam e pender para um sistema político sem pluralidade democrática.

A saída de Paim do movimento marxista se deu pela influência da vertente do culturalismo da filosofia kantiana, através dos filósofos da Escola de Baden. Com base nessa vertente, na primeira parte de sua obra, o autor analisa a doutrina marxista do Estado. Para ele, há uma afinidade entre a doutrina de Marx e o patrimonialismo. Esta, segundo Weber, representa um tipo de dominação carismática e racional, definida por forte concentração de poder nas mãos do soberano, não permitindo a clara separação entre patrimônio público e riqueza privada. Além disso, a população fica à mercê do arbítrio do soberano, que não tem limitações de poder, e da ausência de instituições sólidas de representação, como partidos políticos. Assim, com o patrimonialismo, o Estado é mais forte que a sociedade.

O autor, então, afirma que Marx pende para a violência política para destruir o Estado burguês e substituí-lo por uma ditadura do proletariado, que construiria uma sociedade comunista sem classes. Isso se apoiaria e entraria em consonância com a tradição do patrimonialismo russo, tal como postulado por Lênin e, em seguida, Stálin. Ou seja, para Paim, Marx se identificava com métodos de tomada de poder pela força. No entanto, ele ignorava que métodos parecidos já haviam fracassado. Por exemplo, os de Louis Auguste Blanqui, com o movimento dos operários de Paris, cuja queda deu origem à Segunda República, e a tentativa de Napoleão III de reinstaurar o império, que fracassou com a Guerra Franco-Prussiana e o esmagamento da Comuna de Paris, dando origem à Terceira República (RODRÍGUEZ, [s.d.]).

Assim, Marx ignorava os movimentos que mais deram frutos, principalmente na Europa Ocidental. Eles consistiam na resolução das questões sociais através da incorporação progressiva das massas trabalhadoras nas organizações políticas que as representavam no jogo eleitoral. Foi, para Paim, uma evolução histórica muito diferente daquela postulada com base no patrimonialismo.

Esse processo se iniciou na Inglaterra no final do século XVII, após a Revolução Gloriosa, que resultou no surgimento de um governo monárquico limitado pelo Parlamento e que se consolidaria depois como regime parlamentarista. Foi um freio inicial ao absolutismo, através de um sistema representativo, e que, naquele então, refletia os interesses dos beneficiários da revolução, ou seja, a nobreza rural. Outro fator importante, para o autor, foi a Reforma Protestante. Sendo a religião um berço da moral, cujos valores servem de referência na construção do mundo social do indivíduo, ela desempenha importante papel nos processos históricos. Logo, o surgimento de interpretações rivais criou a necessidade de que grupos com pensamentos diferentes convivessem. Daí em diante novos atores políticos foram sendo incorporados ao processo evolutivo, como a burguesia industrial, a pequena classe média e, por fim, a classe não proprietária.

A possibilidade de participação política através do voto se expandiu e se universalizou com o fim do voto censitário. Essa mudança se espalhou pelo Ocidente da Europa, pautada por um sistema de partidos políticos permanentes e não blocos parlamentares. Esse processo de evolução seria, para Paim, a democratização da ideia liberal, que ocorre pela exigência liberal de que o Estado tenha seu poder sobre o indivíduo limitado e pela busca democrática por decisões tomadas pela maioria. Foi essa visão liberal que criou, nos Estados Unidos, a primeira república presidencialista.

ANÁLISE DO PENSAMENTO POLÍTICO BRASILEIRO E INFLUÊNCIA KANTIANA

Por sua vez, no terreno das histórias das ideias políticas, Antonio Paim teve uma contribuição ímpar para uma nova visão do processo político brasileiro. Em seu livro A Querela do Estatismo, apoiado nas conceituações teóricas weberianas das dimensões básicas da vida social e da legitimação do poder, constrói a ideia de um “Estado Patrimonialista Brasileiro”, caracterizado pela faceta “clientelista e cartorialista” (PAIM, 1994, p. 23) de sua esfera econômica e por fonte tendência modernizadora em determinadas épocas.

Na visão do teórico, a única forma de compreender amplamente o processo de formação deste Estado reside no entendimento que o “Estado é uma realidade per se” (Idem, p. 16). Ao superar uma visão tradicionalista que centra toda a análise na sociedade civil e apenas situa o Estado como sua expressão máxima, rejeita qualquer tipo de análise que atribua as decisões tomadas à nível governamental apenas ao interesse de classes no Brasil. Esta inovadora abordagem recentraliza o papel da tradição cultural na formação da realidade político-estrutural brasileira.

Na perspectiva de Paim, a origem deste Estado reside nas históricas tradições dos sistemas políticos lusitanos, altamente patrimonialista. Apoiado pelos escritos de Raymundo Faoro, aponta que o Estado Português manteve no bojo de suas estruturas políticas práticas culturais que, além de misturar a propriedade estatal com os domínios das antigas realezas, impediu a florescência de um capitalismo industrial. O autor reforça também a importância do período pombalino na formação de uma elite política que via com gosto a hegemonia da modernização do país pelo Estado.

A partir desta tendência lusitana, urgiu uma outra grave questão na estrutura política do Brasil: a falta de uma real representação política. Do modo como se estrutura a República no país, um sistema com real consciência política e poder de transformação por parte da população é substituído por uma democracia ilusória, onde a “eleição, mesmo formalmente livre, lhe recusa a escolha entre as opções que não formulou” (FAORO, 1975, p. 748). Para o filósofo, a única experiência verdadeiramente representativa do sistema político brasileiro ocorreu durante o Segundo Império, graças a prática parlamentarista, de inspiração liberal.

Desta forma, a transformação da atual situação patrimonialista do Estado brasileiro não se esgotaria em reformas dentro do sistema que incentivassem a pluralização política, maior participação política da população e estímulo a eleições verdadeiramente livres. Pelo contrário, se faz necessária uma reconstrução dos moldes em que foi formado, promovendo uma abertura plena ao sistema capitalista e renovando a perspectiva ideológica que ainda suporta o pensamento cartelista dos estadistas. Reforçando essa ideia, Ricardo Vélez Rodríguez, antigo aluno de Paim e então Ministro da Educação, ao analisar a obra de seu mestre aponta que “é imprescindível desenvolver, no interior da cultura brasileira, o interesse pelas ideias liberais, hoje abandonadas pela grande maioria dos políticos e intelectuais” (PAIM, 1997).

No livro O Patrimonialismo Brasileiro em Foco (PAIM et al., 2015), o autor destaca as mazelas que esse modelo vem causando no país, além de mostrar que a população já tem consciência do quanto ele a prejudica, referenciando-se ao repúdio popular ao caso do “mensalão” quando o crime de apropriação indevida de recursos públicos foi devidamente punido.

Como anteriormente comentado, Paim possui uma forte influência daquele para o qual dedicou muitos anos de seus estudos, o filósofo Immanuel Kant. Sua crítica ao modelo político brasileiro muito se assemelha ao artigo 2º da primeira seção da obra A Paz Perpétua, o qual afirma que o Estado não é patrimônio de uma pessoa ou grupo. Como o próprio filósofo prussiano diz, “o Estado adquire, pois, um governante, não é o governante como tal que adquire o Estado” (KANT, 2008, p. 5). Apesar da obra direcionar-se para a aquisição literal de Estados, a situação do patrimonialismo de Weber se apresenta como análoga à criada por Kant, visto que o governante agiria como proprietário do Estado, utilizando dos bens públicos para fins pessoais.

Outra semelhança está na defesa de uma constituição republicana. Apesar do Brasil possuir o título de República Federativa, a análise de Antonio Paim quanto ao patrimonialismo existente no país mostra-o como contrário ao conceito de república estabelecido pelo filósofo. Isso ocorre porque quando o chefe do Estado não é um membro do Estado, mas seu proprietário, os súditos não são mais cidadãos dotados de liberdades individuais plenas. Assim, o Estado fica ainda mais propenso a guerras de acordo com o pensamento kantiano, pois as guerras ocorreriam segundo os interesses pessoais dos governantes e não os prejudicaria diretamente devido às suas regalias aos custos da população; ao contrário de uma situação de república, na qual a população que é cidadã consegue decidir se deve ou não haver guerra, pois ela seria a sua principal financiadora e a principal afetada por seus efeitos.

O autor também produziu outras diversas obras que exploravam às questões relativas ao pensamento político brasileiro. Destacam-se entre elas O Liberalismo Contemporâneo (1995) e o Pensamento Político Brasileiro (1994). Além disso, buscando maior divulgação das ideias do liberalismo no Brasil e a formação de uma elite intelectual liberal, publicou o curso de Introdução Histórica ao Liberalismo (1996).

INFLUÊNCIAS ATUAIS E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vivendo até 2021 em uma casa de repouso para idosos, na cidade de São Paulo, o pensador ainda é tido como uma das principais referências para o ideário liberal brasileiro, fator acentuado pelo alinhamento ideológico adotado pelo ex-Presidente da República Jair Bolsonaro. Com a opção por nomear uma série de ministros indicados pelos gurus intelectuais da vertente liberal do pensamento político nacional, Antonio Paim voltou ao protagonismo de outrora, apesar de sua idade já avançada à época. A mais evidente influência de suas falas se mostra na nomeação de Ricardo Vélez Rodríguez, seu ex-aluno e posterior companheiro de estudos, para o cargo de Ministro da Educação. Ainda que o colombiano Vélez tenha durado apenas quatro meses no cargo, sua exoneração em nada passou por um distanciamento ideológico com o presidente em exercício, mas sim pelas sucessivas inconstâncias que marcaram o governo de Bolsonaro.

Paim seguiu uma vida pacata em seus últimos anos de vida, nos quais um dos principais hobbies passou a ser o de receber estudantes em sua habitação, a fim de tecer conversas informais e passar parte do seu vasto conhecimento político e filosófico. Obviamente esse público possuía uma prévia simpatia ao que Paim tinha a propagar ideologicamente (JUVENTUDE, 2018). Ainda que mantivesse uma interação regular, principalmente por meios digitais, com outros de seus correligionários da mesma época, como o pretenso filósofo Olavo de Carvalho, ficou evidente a sua predileção pelos bastidores em detrimento dos holofotes. Ao contrário do espalhafatoso Olavo de Carvalho, falecido em 2022 e deixando uma horda de órfãos daquilo que opinava diariamente através de redes sociais, Antonio Paim faleceu no ostracismo em 2021, aos 94 anos, de causa não divulgada (FILÓSOFO, 2021).

REFERÊNCIAS

BRUNO Garschagen entrevista Antonio PaimMises Brasil, 15 jan. 2016. Podcast 201 (60 min.). Disponível em: https://www.mises.org.br/FileUp.aspx?id=413. Acesso em: 10 jan. 2023.

DISCURSO Secreto de Khrushchev no XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, O. Rio de Janeiro: Ed. Ipanema, [s.d.].

FAORO, Raymundo. Os Donos do Poder. 2.ª ed., Porto Alegre: Globo/USP, 2v, 1975.

FILÓSOFO Antonio Paim morre aos 94 anos. G1, São Paulo, 1 mai. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/05/01/filosofo-antonio-paim-morre-aos-94-anos.ghtml. Acesso em: 10 jan. 2023.

KANT, Immanuel. A Paz Perpétua, Um Projeto Filosófico. Covilhã: Universidade da Beira Interior, 2008.

JUVENTUDE Comunista de Antonio Paim. Revista Insight Inteligência, ano XXI, nº 81, (abril/maio/junho 2018): 52-62. Disponível em: . Acesso em: 10 jan. 2023.

PAIM, Antonio Ferreira. Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro: Sócios Honorários Brasileiros, [s.d.], Disponível em: https://ihgb.org.br/perfil/userprofile/AFPaim.html. Acesso em: 10 jan. 2023.

_______. Historiador das Ideias. Revista Brasileira de Filosofia, São Paulo, vol. 44, nº 186 (abril/maio/junho 1997): 203-212.

_______. A Querela do Estatismo. Brasília: Senado Federal, 1998.

_______. Marxismo e Descendência. São Paulo, Vide Editorial, 2009.

_______.; BATISTA, Antonio Roberto; KRAMER, Paulo; RODRÍGUEZ, Ricardo Vélez. O Patrimonialismo Brasileiro em Foco. São Paulo: Vide Editorial, 2015.

RODRÍGUEZ, Ricardo Vélez. Antonio Paim: Vida, Obra, Pensamento. Proyecto Ensayo Hispánico. [s.d.]. Disponível em: https://www.ensayistas.org/filosofos/brasil/paim/paim.htm. Acesso em: 10 jan. 2023.

Felipe Vidal Benvenuto Alberto é mestrando no Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais (PPGRI) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) como bolsista CAPES. Bacharel em Línguas Estrangeiras Aplicadas pelo CEFET/RJ, com período sanduíche na Faculté des Sciences Juridiques, Politiques et Sociales da Université de Lille. Pesquisador do Núcleo de Estudos Atores e Agendas de Política Externa (NEAAPE) do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP/UERJ). Sócio Estudante da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI).

Tomás Paixão Borges é mestrando em Ciência Política no Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ (IESP/UERJ). Bacharel em Línguas Estrangeiras Aplicadas às Negociações Internacionais pelo CEFET/RJ, com período sanduíche no Institut d’Études Politiques da Université de Strasbourg (Sciences Po Strasbourg). Pesquisador do Grupo de Estudos e de Pesquisa em Teoria Política e Pensamento Político Brasileiro (BEEMOTE) e do Núcleo de Estudos, Atores e Agendas de Política Externa (NEAAPE) do IESP/UERJ.

Como citar:
ALBERTO, Felipe Vidal Benvenuto; BORGES, Tomás Paixão. Notas biográficas de Antonio Paim: de militante comunista na União Soviética a guru do liberalismo brasileiro no governo Bolsonaro. Diálogos Internacionais, vol. 10, n. 97, Mar. 2023. Disponível em: https://dialogosinternacionais.com.br/?p=2895

A Diálogos Internacionais (ISSN 2596-2353), B1 pelo Qualis 2017-2020, é uma revista online, mensal de Relações Internacionais,

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

O movimento comunista internacional e seu impacto no Brasil - Paulo Roberto de Almeida

Uma apresentação em PowerPoint, destinada a subsidiar palestra-debate sobre o tema título, infelizmente não realizada por circunstâncias não pertinentes ao debate, e que será feita em ocasião ulterior. Abaixo o registro do trabalho em questão: 


“O movimento comunista internacional e seu impacto no Brasil”, Brasília, 3 dezembro 2018, 20 slides. Apresentação em PowerPoint para servir de base a pequena exposição sobre o tema título em palestra-debate no quadro dos “Diálogos Internacionais” do IPRI, juntamente com o jornalista e historiador Hugo Studart, autor de livros sobre a guerrilha do Araguaia. Palestra não realizada na data programada (4/12), postergada a oportunidade futura. 
Postada na plataforma Academia.edu (5/12/2018; link: https://www.academia.edu/37915306/3370_O_Movimento_comunista_internacional_e_seu_impacto_no_Brasil_2018_).




quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Biocombustiveis nos Estados Unidos e seus impactos no Brasil, IPRI, 10/09, 15hs

Inscrições abertas para a palestra-debate 


A Política de incentivos aos Biocombustíveis nos Estados Unidos e seus impactos no Brasil

10 de setembro, 15hs, Auditório Paulo Nogueira Batista, Anexo II, Itamaraty

A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e o seu Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) têm o prazer de convidar para a palestra-debate “A Política de incentivos aos Biocombustíveis nos Estados Unidos e seus impactos no Brasil”, a ser proferida pela profª. drª. Laís Forti Thomaz da Universidade Federal de Goiás e pesquisadora no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu). A palestra será realizada em 10 de setembro, às 15h, no Auditório Paulo Nogueira Batista, no Anexo II do Itamaraty.
Participarão do encontro o prof. dr. Roberto Goulart Menezes (IRel-UnB), e o diretor de Departamento de Energia do Itamaraty, ministro João Genésio.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Privatização da guerra, Henrique Lenon, 13/09, 15:00hs

Diálogos Internacionais: Privatização da guerra, Henrique Lenon, 13/09, 15:00hs


A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) têm o prazer de convidar para uma nova palestra-debate na série “Diálogos Internacionais”, com o professor Henrique Lenon Farias Guedes, sobre o tema da regulação internacional das empresas militares privadas. Autor do livro “Privatização da Guerra: mercado e regulação de empresas militares privadas(Belo Horizonte: Arraes, 2017), Henrique Lenon, doutorando em Direito Internacional pela USP, é ex-professor na Universidade Federal da Paraíba, atualmente no Centro Universitário de João Pessoa, ademais de membro fundador da Academia Nacional de Estudos Transnacionais (ANET). A palestra-debate será feita na sala D, no Anexo II do Palácio Itamaraty, no dia 13 de setembro, às 15h00. 


Dos mercenários aos exércitos nacionais e às empresas militares: o mercado da guerra

Paulo Roberto de Almeida
Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, IPRI-Funag
 [Objetivo: resenha de livro; finalidade: divulgação]

Henrique Lenon Farias Guedes: 
Privatização da Guerra: mercado e regulação de empresas militares privadas
Prefácio de Marcílio Franca
Belo Horizonte: Arraes Editores, 2017, 131 p.; ISBN: 978-85-8238-330-8


O professor Marcílio Toscano Franca Filho, em seu prefácio a este livro, lembra a trajetória de um camponês saído de uma aldeia na Dinamarca para engajar-se no exército que participaria da invasão do Nordeste do Brasil, no século XVII, sob o comando da Companhia das Índias Ocidentais dos Países Baixos, uma das primeiras, e das mais importantes, companhias multinacionais do mundo. Junto com ele lutavam mercenários ingleses, franceses, suíços, escoceses, belgas, irlandesas, alemães e poloneses, todos eles fugindo dos horrores das guerras religiosas que se disseminaram em vastos territórios europeus, e que passaram à história como a “Guerra dos Trinta Anos” (1618-1648), cuja conclusão também marca a história do Direito Internacional.
Antes mesmo desse primeiro grande conflito europeu – haveria outros, como as guerras napoleônicas da transição do século XVIII ao XIX, e uma segunda “guerra de trinta anos”, entre 1914 e 1945 –, um genial pensador florentino do Renascimento, Maquiavel, já chamava a atenção, no capítulo 12 do Príncipe, para a inconveniência dos exércitos mercenários, sempre tão volúveis e pouco fieis aos que lhes pagavam, como aliás já tinha lembrado outro grande pensador, Thomas Morus, na sua fábula Utopia. Henrique Lenon, em sua originalíssima e preciosa dissertação de mestrado sob a direção do professor Marcílio Franca, oportunamente transformada neste livro, retoma todos esses antecedentes numa obra que marca o início de um debate que deve transcender os domínios do Direito Internacional para projetar-se sobre questões relevantes, de ordem econômica, política e moral, de todos os Estados contemporâneos, tanto na organização do uso da força (para fins de defesa externa, sobretudo), da qual eles possuem, supostamente, o monopólio, quanto na atualização do direito da guerra, ou seja, o “diálogo” entre Estados levado às últimas instâncias da projeção de poder. 
Seu livro, no entanto, não refaz a toda a história dos exércitos mercenários, praticamente esquecidos durante a lenta consolidação dos Estados nacionais, ao longo dos séculos XIX e XX, atualmente chamados de novo a atuar no quadro dos novos conflitos, não mais os clássicos, mas no “diálogo armado” entre Estados e forças não estatais, destacamentos irregulares, guerras civis e conflitos dificilmente enquadráveis nos instrumentos discutidos ao longo de mais de um século entre Haia e Genebra. O jovem advogado, doutorando em Direito Internacional na USP, ex-professor na Universidade Federal da Paraíba, atualmente no Centro Universitário de João Pessoa, membro fundador da Academia Nacional de Estudos Transnacionais (ANET), escolheu como objeto de sua análise as empresas militares e de segurança privadas e o instrumento concebido para regular sua atuação, o Código Internacional de Conduta para Provedores de Serviços de Segurança Privada – ICoC, na sua sigla em inglês –, uma espécie de código de conduta para os modernos mercenários, surgido sob os auspícios da Cruz Vermelha Internacional e da Confederação Suíça. 

A obra cobre os vários aspectos do “renascimento” contemporâneo desses “serviços” militares em bases contratuais, uma vez que os instrumentos existentes – o GATS, o Estatuto de Roma que dá base jurídica ao Tribunal Penal Internacional, as convenções de Genebra e outros atos internacionais, como os códigos da OCDE – não cobrem de modo adequado a responsabilidade dessas companhias e eventualmente a de seus “soldados” em face do direito internacional. Depois de um primeiro documento meramente recomendatório, formalizado em Montreux, em 2008, sobre “boas práticas” para essas empresas, foi lançado em 2010, em Genebra, o ICoC, uma “carta de direitos e deveres”, com vistas a elevar os padrões de conduta no caso de mobilização, por qualquer Estado, desse “outro exército” para fins propriamente militares, para que sua ação não contrarie normas do direito internacional humanitário ou normas básicas de direitos humanos. Henrique Lenon procede a uma leitura meticulosa desse instrumento, ressaltando aliás o aspecto econômico desse novo empreendimento militar, que reflete, como ele diz nas “considerações finais”, as tensões entre Estado e mercado: 
No momento em que o Estado afastou o mercado do conflito, a partir de Vestefália, no século XVII, as guerras se tornaram questões apenas estatais, relegando as companhias militares à irrelevância e, posteriormente, com a Revolução Francesa, à ilegalidade.
No fim do século XX, contudo, o Estado se afastou do mercado e, também, do conflito, legando a provisão de bens à iniciativa privada e assistindo à escalada de guerras irregulares que não dependiam tanto da linguagem realista, centrada em grandes potências, mas estavam mais próximas da realidade ignorada por décadas de conflito bipolar. (...)
Na passagem para o século XXI, observa-se que o próprio mercado aproximou-se dos conflitos, ofertando serviços de segurança internacional em que o Estado não está interessado – caso dos Estados Unidos no Kossovo –, os quais não pode prover sozinho – caso dos americanos no Iraque ou na Libéria –, ou não pode prover de forma alguma – caso da Colômbia contra as guerrilhas terroristas ou da Somália contra a pirataria. (p. 102)

O risco, como ele agrega, é que essa utilização em conflitos irregulares se torne uma “questão de mercado, consolidando o comércio de serviços militares privados como um fim em si, com estratégias de crescimento próprias” (p. 102). É exatamente o que pode ocorrer, como ele ainda lembra a partir do exemplo da Itália dos tempos de Maquiavel, quando “condottieri” insatisfeitos buscavam destituir algum soberano para instalar o seu próprio poder. De fato, quem conquistou o Nordeste não foi a Holanda, mas a Companhia das Índias Ocidentais neerlandesas; que conquistou a Índia não foi a Grã-Bretanha, mas a Companhia das Índias Orientais britânicas. O mundo pós-Guerra Fria espera que o direito internacional possa regular, provavelmente coibir ou limitar, o uso desses empreendimentos privados para fins não legítimos. Como o autor indica, ao final de seu brilhante livro, que deve pautar o debate sobre a questão no Brasil: 
A sociedade civil deve aproveitar a oportunidade do controle da conduta das empresas militares [oferecida pelo ICoC] e exigir que Estados, organizações internacionais e corporações estabeleçam padrões ou simplesmente incorporem os códigos de conduta nas suas contratações, pois sem supervisão democrática, a privatização da paz [como solicitada pelo ex-SG-ONU Kofi Annan] poderá redundar na mera contratualização da guerra. (p. 106)

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 5 de setembro de 2018

terça-feira, 17 de julho de 2018

Palestra-debate no IRBr: O Brasil e a busca de status internacional - IRBr, 26/07, 16:00

Palestra-debate no IRBr: O Brasil e a busca de status internacional


            O Instituto Rio Branco (IRBr), a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) convidam para uma nova palestra-debate na série “Diálogos internacionais”, com a pesquisadora, diplomata (2007-2010) e professora Marina Guedes Duque, sobre “O Brasil e a busca de status internacional”. Marina Guedes Duque é Mestre pelo IRel-UnB e PhD pela Ohio State University, com pós-doutorado nas universidades de Harvard e Princeton. Atualmente é professora da Florida State University; o paper base para os debates encontra-se disponível no seguinte link: https://doi.org/10.1093/isq/sqy001. O ministro Benoni Belli (SPD) atuará como debatedor. A palestra será feita nas salas 1 e 2 do Instituto Rio Branco, no dia 26 de julho, às 16h00.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Valerio Mazzuoli: Sistemas regionais de protecao dos direitos humanos - IPRI, 12/06, 15hs

Inscrições Abertas:
Diálogos Internacionais do IPRI:
"Análise comparativa e crítica dos sistemas regionais de proteção dos direitos humanos"  
A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), convidam para a palestra-debate “Análise comparativa e crítica dos sistemas regionais de proteção dos direitos humanos”, a ser proferida pelo Coordenador-adjunto do Programa de Mestrado em Direito da UFMT, Valerio de Oliveira Mazzuoli. O professor Mazzuoli é Pós-Doutor em Ciências Jurídico-Políticas pela Universidade de Lisboa, Doutor summa cum laude em Direito Internacional pela UFRGS e Mestre em Direito Internacional pela UNESP. A palestra será realizada no Auditório Paulo Nogueira Batista, Anexo II do Itamaraty, no dia 12 de junho de 2018 às 15h00. Inscreva-se!

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Relacoes exteriores do Brasil: Diálogos internacionais do IPRI: 30/05

Meu amigo, colega e verdadeiro gestor do IPRI, Marco Túlio Scarpelli Cabral, foi quem concebeu, montou, organizou, mobilizou, preparou este belo programa dirigido a estudantes e candidatos à carreira diplomática, cobrindo vários aspectos das relações exteriores do Brasil.
Venham todos.
Paulo Roberto de Almeida
Caro (a) Estudante,
1. Gostaríamos de convidá-la (o) para a próxima edição dos Diálogos Internacionais do IPRI sobre "Relações Exteriores do Brasil – Contexto e Temas", em 30/05 a partir das 9h00 no auditório Paulo Nogueira Batista, no anexo II do Ministério das Relações Exteriores.
2. Concebido especialmente para estudantes e candidatos ao Instituto Rio Branco, este evento consistirá em um ciclo de palestras, seguidas de debate, apresentando amplo panorama das relações internacionais e da política externa brasileira, conforme programa abaixo:

09:00 – Recepção pelo Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, IPRI-Funag, ministro Paulo Roberto de Almeida
09:15 – MRE, Funag-IPRI, possibilidades de ingresso na carreira diplomática, Conselheiro Marco Tulio Scarpelli Cabral, coordenador geral do IPRI
10:00 – O Universalismo da Política Externa Brasileira, Secretário Filipe Nasser Silva, Secretaria de Planejamento Diplomático
10:45 – O Brasil e o Oriente Médio, Diplomata da Subsecretaria da África e do Oriente Médio
11:30 – As relações Brasil-América Latina, Conselheiro João Marcelo Soares, Subsecretaria da América Latina e do Caribe
12:15 – O Brasil e os EUA, Secretário Fabio Cereda Cordeiro, Divisão dos Estados Unidos e do Canadá
15:00 – O Brasil e a China, Diplomata da Divisão de China e Mongólia
15:45 – O Brasil e a Rússia, Secretário Fabiano Wollmann, Divisão da Europa Central e Oriental
16:30 – O Brasil e o Conselho de Segurança, Diplomata da Divisão de Paz e Segurança Internacional
17:15 – Debate Geral, Encerramento, Ministro Paulo Roberto de Almeida

3. Para confirmar presença, basta responder a esta mensagem informando o nome completo e, se for o caso, a instituição na qual estuda ou trabalha.

Atenciosamente,
_________________
Marco Tulio S. Cabral
Coordenador-Geral
Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais - IPRI
Ministério das Relações Exteriores

quinta-feira, 22 de março de 2018

Dialogos Internacionais do IPRI: a serie continua...

Diálogos Internacionais do IPRI
Os eventos realizados até aqui (21/03/2018):

Diálogos Internacionais é uma série de palestras seguidas de debates organizadas pelo IPRI, com diversas personalidades como palestrantes. Nesta página é possível acessar o conteúdo das apresentações (se disponível) e o mini cv dos palestrantes das edições anteriores dos Diálogos.
20 de março - A presença da China no Brasil e na América do Sul
Rotativo Baumann
  • Acesse aqui a apresentação utilizada na palestra (PDF)
  • Renato Baumann possui graduação (1972) e mestrado em Economia pela Universidade de Brasília (1976) e doutorado em Economia pela University of Oxford (Reino Unido, 1982). Foi diretor do Escritório da Cepal no Brasil entre abril de 1995 e novembro de 2010. Atualmente é Secretário-Adjunto de Assuntos Internacionais (SAIN/MP) e professor de economia da UnB. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Relações do Comércio; Política Comercial e Integração Econômica.  Pela Funag, foi um dos autores do livro: BRICS - Estudos e Documentos.
14 de março - Direitos humanos no Brasil e no mundo
rotativo direitos humanos
  • José Augusto Lindgren-Alves é diplomata, aposentado em nível de embaixador. Tem mais de 30 anos dedicados aos direitos humanos, assunto em que começou a trabalhar quando era conselheiro da Missão do Brasil junto às Nações Unidas, em Nova York, em 1985. Desde então participou como delegado das reuniões da então Comissão dos Direitos Humanos, até 1996, em Genebra, e como membro, a título pessoal, da antiga Subcomissão sobre Prevenção da Discriminaçao e Proteção das Minorias, de 1994 a 1996. Eleito e reeleito quatro vezes pelos Estados-partes da respectiva convenção, foi membro (perito independente), de 2002 a 2017, do Comitê para a Eliminação das Discriminação Racial – Cerd, nas Nações Unidas, em Genebra. Ex chefe da Divisão das Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, de 1999 a 2005, e primeiro diretor geral do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais do mesmo ministerio (1995-1996), preparou e coordenou como delegado a participação do Brasil nas conferências mundiais da década de 1990: de Viena, sobre direitos humanos (1993), do Cairo, sobre população (1994), de Copenhague, sobre desenvolvimento social, de Pequim (Beijing, 1995), sobre a mulher, de Istambul (1996), sobre assentamentos humanos. Depois, como delegado, participou também da Conferência de Durban, de 2001, sobre a discriminaçao racial, e da Conferência de Revisão de Durban, em Genebra, de 2011. Foi Coordenador Nacional para  Aliança de Civilizações das Nações Unidas, de 2008 a 2010. Exerceu a função de Secretário Executivo do Instituto de Políticas Públicas de Direitos Humanos do Mercosul, em Buenos Aires, de janeiro de 2017 a fevereiro de 2018. Foi embaixador em Sófia (Bulgária, 2002-2006), Budapeste (Hungria, 2006-2008), Sarajevo (Bósnia e Herzegovina, 2011 a 2015), assim como cónsul-geral em S. Francisco (Estados Unidos, 2006-2002) e Barcelona (Espanha, 2015-2016).
  • Livros pela Funag: 
Diálogos Internacionais -
  • Acesse aqui a apresentação utilizada na palestra (PDF)
  • Livro do palestrante publicado pela Funag (2017): The Energy Statecraft of Brazil: The rise and fall of Brazil’s ethanol diplomacy (PDF)
  • Klaus Guimarães Dalgaard:  professor adjunto de política internacional e comparada do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É mestre em Política e Governança Europeia (2004) pela London School of Economics and Political Science (LSE), no Reino Unido, onde também foi professor assistente, lecionando nos cursos de verão, graduação e mestrado do Departamento de Relações Internacionais. Pós-doutorado em engenharia de energia e planejamento energético no Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (NIPE) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Especialista no tema de energias renováveis e biocombustíveis, tendo publicado artigos e livros sobre o tema.

BannerZanderNavarro
  • Acesse aqui a apresentação utilizada na palestra (PDF)
  • Zander Navarro: Doutor em Sociologia pela Universidade de Sussex (Inglaterra) e pós-doutoramento no MIT (Estados Unidos). Foi professor visitante nas universidades de Amsterdam e Toronto. Foi professor e pesquisador no "IDS - Institute of Development Studies" (Inglaterra) entre os anos de 2003 e 2009. Consultor de inúmeras organizações, nacionais e internacionais, foi assessor especial do Ministro da Agricultura. É autor de dezenas de artigos e 17 livros publicados. Os mais recentes, publicados em 2017 (em coautoria), são "Globalization and Agriculture" (Lexington Books) e "Brasil, brasileiros. Por que somos assim?" (Verbena Editora).  

OCDE2marco2018
  •  Carlos Márcio Cozendey: Nascido em 1963, no Rio de Janeiro, é Formado em Ciências Econômicas (UFRJ) e Mestre em Relações Internacionais pela UnB. Foi Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, posição em que atuou como Vice-Ministro de Finanças no G20, BRICS e UNASUL. Foi presidente do Conselho de Administração da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) e é o Diretor Alterno do Brasil no Conselho de Diretores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e membro do Conselho de Administração do BNDES. No Itamaraty, dirigiu o Departamento Econômico, o de Assuntos Financeiros e Serviços e a Divisão do Mercado Comum do Sul. Serviu na Missão junto às Comunidades Europeias, em Bruxelas, na Delegação junto aos Organismos Internacionais, em Genebra, e na Delegação junto à ALADI, em Montevidéu. Foi Assessor Especial na Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX). Atuou como Professor de Economia no Instituto Rio Branco. Desde agosto de 2015 é Subsecretário-Geral de Assuntos Econômicos e Financeiros, posição na qual é o “sherpa” do Brasil no G20 e é responsável, entre outros, pela supervisão da atuação do Brasil em organismos econômicos e financeiros internacionais como a OMC, a OCDE e a UNCTAD, nas negociações comerciais do Mercosul com países extra-regionais e em discussões econômicas e financeiras bilaterais.

Guimaraes Rosa
  • João Almino de Souza Filho: Diplomata e um dos nomes mais importantes da literatura nacional,  tem sido aclamado pela crítica por seus romances Ideias para onde passar o fim do mundo (indicado ao Jabuti e ganhador de prêmio do Instituto Nacional do Livro), Samba-enredo, As cinco estações do amor (Prêmio Casa de las Américas 2003), O livro das emoções (indicado ao 7o Prêmio Portugal Telecom 2009), Cidade livre (Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon 2011; finalista do Jabuti e do Portugal Telecom) e Enigmas da primavera (finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2016; prêmio Jabuti, 2.o colocado, pela edição em inglês). Entre facas, algodão é seu mais recente romance (2017). Alguns desses romances foram publicados na Argentina, Espanha,  EUA, França, Itália, México e em outros países. Seus escritos de história e filosofia política são referência para os estudiosos do autoritarismo e da democracia. Também autor de ensaios literários, doutorou-se em Paris, orientado pelo filósofo Claude Lefort. Ensinou na UNAM (México), UnB, Instituto Rio Branco, Berkeley, Stanford e Universidade de Chicago. Em 2017 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.