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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Um "debate" involuntario com Olavo de Carvalho: materiais disponiveis - Paulo Roberto de Almeida

Micro-introdução: no mês passado fui contatado pelo pessoal do Brasil Paralelo, uma iniciativa alternativa à hegemonia cultural do gramscismo vulgar, comum em nossas universidades, para conceder uma nova entrevista sobre temas internacionais, depois que minha entrevista concedida no ano passado foi considerada boa.
Essa entrevista de 2016 pode ser vista por este registro: 
3047. “A política externa paralela do lulopetismo diplomático”, Brasília, 14 outubro 2016, gravação de entrevista, em vídeo, para servir como depoimento no quadro do Brasil Paralel;  disponível no canal pessoal: https://www.youtube.com/user/paulomre, neste link: https://youtu.be/fWZXaIz8MUc). 
Concordei com a nova entrevista e solicitei um roteiro, para guiar meus argumentos, ele me foi fornecido, e com base nele preparei as notas seguintes: 
3202. “Globalismo e globalização: os bastidores do mundo”, Brasília, 7 dezembro 2017, 8 p. Notas preparadas para entrevista via hangout, para um programa da série Brasil Paralelo. Blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/globalizacao-e-globalismo-como.html).  
Não tinha a informação de que a gravação do Brasil Paralelo seria feita em "paralelo" com Olavo Carvalho, de que só vim a tomar conhecimento no momento mesmo da gravação. Não tenho objeção a qualquer tipo de debate, embora talvez tivesse sido conveniente uma antecipação a respeito.
Como se pode verificar pela gravação efetiva, com réplicas e por vezes tréplicas, discordamos no essencial, o tal de Globalismo, o conceito central nesse debate. O vídeo está aqui: 
Transmitido em 11/12/2017 (link: https://www.youtube.com/watch?feature=youtu.be&utm_campaign=inscritos_-_o_primeiro_debate_do_webinario_ja_esta_no_youtube&utm_medium=email&utm_source=RD%2BStation&v=6Q_Amtnq34g); no Canal YouTube (link: https://youtu.be/6Q_Amtnq34g); divulgado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/globalismo-e-globalizacao-ou-vice-versa.html); divulgado via Twitter-Youtube: https://shar.es/1MxLDO).  

Olavo de Carvalho, de seu lado, formulou comentários sobre as minhas posições, que transcrevo na sua íntegra, a seguir, e complemento por breves comentários sobre a discordância central entre nossas duas posições: o tal de globalismo. Eu considero essa "coisa" uma fantasmagoria, o que Olavo de Carvalho considera uma idiotice da minha parte. Estamos nesse terreno, por enquanto.

Aqui as duas postagens de Olavo de Carvalho a meu respeito:  


Duas entradas no Google, detectadas em 20/12/2017:

diariofilosofico.midiasemmascara.org/cultura/o-debate-com-paulo-roberto-de-almeida/
8 de dez de 2017 - Tive hoje um debate no Brasil Paralelo com o prof. Paulo Roberto de Almeida (foto). É um homem inteligente, culto e honesto, infelizmente, a meu ver, limitado pela perspectiva diplomática e econômica que é a sua área de atuação, e um tanto insensível, por isso, aos aspectos culturais e psico-sociais ...

O debate com Paulo Roberto de Almeida

Olavo de Carvalho

8 de dezembro de 2017 - 5:49:50 
 

Tive hoje um debate no Brasil Paralelo com o prof. Paulo Roberto de Almeida (foto). É um homem inteligente, culto e honesto, infelizmente, a meu ver, limitado pela perspectiva diplomática e econômica que é a sua área de atuação, e um tanto insensível, por isso, aos aspectos culturais e psico-sociais mais sutis do processo globalizante. Ele tem razão ao dizer que o governo mundial é impossível, mas a impossibilidade de uma meta não prova a inexistência do movimento destinado a promovê-la. A economia comunista também era impossível, mas quantos, para realizá-la, não deram suas vidas e as alheias? O prof. Almeida se diz um racionalista, e o problema é exatamente esse: nenhuma análise histórica é mais arriscada do que aquela baseada na premissa de que todas as ações devem ser explicadas por um cálculo racional de interesses objetivos. Outro ponto importante, que não houve tempo de explorar no debate, é o seguinte: metas de enorme alcance como o socialismo, o califado universal ou qualquer tipo de império mundial são por natureza difíceis de definir e mais ainda de descrever no seu estado final pretendido. Por isso sua imagem se subdivide em metas parciais e estas, em vez da meta final, concentram os esforços e o entusiasmo dos seus adeptos. Assim a meta final pode ser adiada indefinidamente e até desaparecer das consciências sem deixar de ser o polo aglutinador e orientador ao qual, como a uma nebulosa imagem mítica, convergem milhares de esforços até inconexos. Karl Marx foi propositadamente vago quanto à sociedade socialista ideal porque só assim seria possível, por meio da confusão dialética da “praxis”, articular estrategicamente o previsível e o imprevisível, o racional e o irracional. Com o “governo mundial” passa-se exatamente a mesma coisa. Não se vê em parte alguma um plano racional detalhado para construi-lo, mas nem por isso ele deixa de ser o inspirador remoto de milhares de iniciativas independentes que convergem na sua direção.
P. S. – O debate irá ao ar na semana que vem.



diariofilosofico.midiasemmascara.org/.../novas-notas-sobre-o-debate-com-paulo-robe...
7 dias atrás - O prof. Paulo Roberto de Almeida (f0to) queixa-se de não ter sido avisado de que sua entrevista ao Brasil Paralelo seria um debate. Eu também não fui, mas não me queixo. É um prazer poder conversar com alguém que personifica tão nitidamente a ideologia da Nova Ordem Global cuja existência ele ...

Novas notas sobre o debate com Paulo Roberto de Almeida

Olavo de Carvalho

13 de dezembro de 2017 - 0:48:36 
 

O prof. Paulo Roberto de Almeida (foto) queixa-se de não ter sido avisado de que sua entrevista ao Brasil Paralelo seria um debate. Eu também não fui, mas não me queixo. É um prazer poder conversar com alguém que personifica tão nitidamente a ideologia da Nova Ordem Global cuja existência ele nega.
*
By the way, nem o nacionalismo nem o internacionalismo são valores absolutos, que possam ser consagrados numa “posicão doutrinal” definitiva. Tudo é questão de jeito, de motivo e de ocasião.
*
Dizer que o globalismo foi inventado pelos nacionalistas é o mesmo que dizer que o anti-semitismo foi inventado pelos judeus. Inventar o nome para designar alguma coisa não é o mesmo que inventar a coisa.
*
Já que o prof. Paulo Roberto de Almeida gosta de avisos prévios, lá vai um: Sempre que você chamar as minhas idéias de paranóicas, chamarei as suas de idiotas.
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A expressão “governo global” é uma figura de linguagem, uma metonímia. Designa um poder global informal pelo nome de uma instituição que não existe, que talvez não venha a existir nunca, mas de cujas funções ideais ele já exerce algumas na realidade.
Nenhum presidente do mundo ou parlamento global decretou oficialmente a agenda abortista, feminista, racialista ou gayzista, nem o controle politicamente correto da linguagem, nem o favorecimento legal aos criminosos, nem o desarmamentismo civil, nem o boicote geral ao cristianismo, nem a abertura das fronteiras à imigração em massa.
No entanto, todas essas medidas vêm sendo impostas em escala global com uma rapidez e uma eficiência avassaladoras, assim como a política de intimidação aos adversos e refratários, rotulados, com uniformidade mundial, de fascistas, neonazistas ou, na mais branda das hipóteses, de paranóicos e teóricos da conspiração.
Negar a existência de um poder global sob a alegação da dificuldade de constituir um governo mundial como entidade legalmente reconhecida é negar a existência de crimes sob a desculpa de que não são permitidos pelo Código Penal. É a apoteose do formalismo jurídico em oposição à realidade dos fatos.
*
O fato de que todas essas agendas estejam sendo impostas simultaneamente em toda parte, exceto no Islam e na Rússia, é a prova definitiva da concorrência entre os três esquemas globalistas, que mencionei no debate com o prof. Duguin.
*
Dizer que nenhuma dessas agendas foi imposta pela força, que os governos nacionais as aceitaram espontaneamente, só prova uma coisa: que em inúmeros países a classe governante já aderiu à ideologia globalista e a impõe a seu próprio povo por vontade própria. Isso é a prova cabal de que o globalismo já possui a HEGEMONIA, e uma hegemonia não se impõe sem o trabalho de inumeráveis agentes de influência, com muito planejamento e investimentos colossais. ISSO é o poder global.
*
Em geral os intelectuais acadêmicos e especialmente os cientistas sociais estão, ao menos hoje em dia, mais propensos a acreditar que são dirigidos por entidades abstratas, como as instituições ou as classes sociais, do que a admitir que estão sob o poder de algum indivíduo ou grupo determinado. No entanto, é duvidoso que as instituições e classes sociais “pensem”, e o modo como essas entidades sem cérebro atuam sobre a alma e a conduta de pessoas detentoras de cérebros é ainda um problema nebuloso, na melhor das hipóteses. Em contrapartida, a diferença de poder e de horizonte de consciência entre indivíduos é um dos fatos mais patentes e mais abundantemente confirmados pela experiência desde a antiguidade. Considero-a mesmo uma das propriedades distintivas da espécie humana, sem paralelo entre os outros animais. Terão as ciências sociais feito um juramento de sempre desprezar o óbvio em favor de hipóteses rebuscadas e impossíveis de provar?
*
Imagino, por exemplo, Josef Stalin no seu gabinete, em comparação com um prisioneiro que morre à míngua no fundo do Gulag. O primeiro determina, com uma canetada, o destino de milhões de pessoas, enquanto o segundo mal pode mover o próprio corpo. Um aproxima-se da onipotência na mesma medida em que o outro naufraga na impotência, NENHUM fenômeno parecido se observou jamais no reino animal. Em contrapartida, nenhuma época da História deixou de presenciar os sinais patentes de alguma diferença de poder entre seres humanos, similar à que assinalei.




Aqui meus comentários adicionais, muito rápidos, pois não tenho tempo, agora de fazer longas digressões históricas e econômicas sobre os fundamentos de minhas posições.
Apenas um alerta, a todos: não tentem fundamentar minha postura com qualquer condição profissional, ou seja, a carreira diplomática. O Itamaraty não tem absolutamente NADA a ver com o que penso. Respondo por mim mesmo.

Se ouso resumir meu argumento, eu diria que globalização é um processo, real, empiricamente embasado, enquanto globalismo é um conceito, para não dizer uma ideologia, ou um espantalho, agitado por pessoas nitidamente anti-globalização, que podem ser de direita ou de esquerda, mas que neste caso são de direita, no que não vai nenhuma vergonha, desde que essa direita (ou esquerda) saiba separar processo de ideologia, ou evento-processo, de um lado, e conceito, de outro.
Aceito absolutamente a globalização, acho algo tão inevitável quanto as correntes dos mares, e rejeito o tal de globalismo a um desses fetiches que surgem de forma recorrente, para desviar o debate das questões reais.

Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 20 de dezembro de 2017


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

YouTube Paulo Roberto de Almeida: videos no canal pessoal

Atualizando a informação, pois tenho reparado que mais pessoas se apresentam como frequentadores, ou visualizadores, dos vídeos em meu canal pessoal:


Links para vídeos no canal YouTube de Paulo Roberto de Almeida:


1) 2º Fórum Democracia & Liberdade - FAAP- SP (11/05/2011)
https://youtu.be/41dYxPBprsw
Link para o Canal pessoal no YouTube: https://youtu.be/41dYxPBprsw.


2) Liberdade na Estrada, Porto Alegre - UFRGS (17/10/2012)
2433. “Brasil: o futuro do país está no passado (de outros países...): proposta para uma Fronda Empresarial”, Brasília, 13 outubro 2012, 24 p. Texto-base para palestras no ciclo Liberdade na Estrada: “Brasil, país do futuro: até quando?” (Porto Alegre, FCE/UFRGS, dia 17/10/2012, 19:00hs), no “Papo Amigo” da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (Porto Alegre, 18/10/2012, 12:00hs) e no Instituto de Formação de Líderes de Minas Gerais (Belo Horizonte, 24/10/2012, 19:30hs). Divulgado no site pessoal e no Academia.edu (links: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/2433FuturoBrasilFrondaEmpres.pdf e https://www.academia.edu/5962599/2433_Brasil_o_futuro_do_pa%C3%ADs_est%C3%A1_no_passado_de_outros_pa%C3%ADses..._proposta_para_uma_Fronda_Empresarial_2102_). Postado novamente no blog Diplomatizzando em 8/07/2015 (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2015/07/brasil-o-futuro-do-pais-esta-no-passado.html).
Link para o Canal Pessoal do YouTube: https://youtu.be/RL6ZcpWyAWY.

3) Política externa brasileira no Canal Futura - Partes 1 e 2 (17/09/2013)
Links para o programa:
primeira parte (PRA): http://www.youtube.com/watch?v=2-GSlPzt8BY;
Relação de Originais n. 2513.
            Link 1 para o Canal PRA no YouTube: https://youtu.be/EpRH6Sxp7DE.
Link 2 para o Canal PRA no YouTube: https://youtu.be/H6VfNtw5Rrw.

           
4) O Brasil em tempos não convencionais - UnB (26/04/2014)
            2601. “A economia e a política do Brasil em tempos não convencionais (nunca antes mesmo...)”, Em voo, de Bradley a Atlanta, e a Brasília, 17-18 Abril 2014, 16 p. Texto guia para palestra na UnB (24/04/2014, 19hs; Auditório de Engenharia Elétrica da Faculdade de Engenharia), a convite do Grupo de Estudos Liberais. Postado no blog Diplomatizzando em oito postagens sucessivas e depois com esquema e linkagem para arquivo em pdf (ver nestes links: http://cl.ly/2z2B473f0l1W e http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2014/04/a-economia-e-politica-do-brasil-em_25.html). Filmado, com palestra e debates e inserido no YouTube (link: https://www.youtube.com/watch?v=ciay-PkUenQ); com texto auxiliar em apoio à palestra (http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/2116PalestraDebateAcadem.pdf). Divulgado no Academia.edu (https://www.academia.edu/attachments/33662703/download_file).
            Link para o Canal Pessoal no YouTube: https://youtu.be/qGk3iFsYGnk
           
5) Iluminuras, minha vida com os livros – TV Justiça (11/03/2016)
       2936. “Iluminuras: minha vida com os livros”, Brasília, 7 março 2016, 9 p. Respostas a questões do jornalista Paulo Leite, para preparar o programa literário da TV Justiça. Entrevista gravada na biblioteca de obras raras da Federação Espírita Brasileira, em 11/03/2016. Link para o programa: https://www.youtube.com/watch?v=qh4ULayECgQ. Reproduzido no blog Diplomatizzando (12/04/2016; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/04/programa-iluminuras-na-tv-justica-df.html). Relação de Publicados n. 1218.
            Link para o Canal pessoal no YouTube: https://youtu.be/VdEedHtjGFE


6) Relações Internacionais em Pauta – IPRI (30/04/2016)
       2967. “O Estudo das Relações Internacionais do Brasil”, Brasília, 29/04/2016, 10 p. Notas para uma entrevista gravada com Alessandro Candeas, do IPRI, para divulgar tendências recentes da pesquisa e estudo nessa área. Disponibilizada no blog Diplomatizzando (30/04/2016; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/04/o-estudo-das-relacoes-internacionais-do.html); disseminado no Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1143656715697777). Entrevista divulgada em 10/06/2016, link: https://www.youtube.com/watch?v=As78ES-kFSk). Informado via Twetter em 17/06/2016 (link: https://goo.gl/Gcn6dh). Canal pessoal no YouTube (7/08/2017: https://youtu.be/RRCu9ltPCqk).  Relação de Publicados n. 1227.


7) Populismo na América Latina - UnB (16/09/2016)
            Link para o Canal pessoal no YouTube: https://youtu.be/D8bcjeH9R14.


8) Economia, política e diplomacia - Brasil Paralelo (14/10/2016)
       Link para o Canal pessoal no YouTube: https://www.youtube.com/edit?video_id=fWZXaIz8MUc


9) RBPI: itinerário de uma revista essencial – IRel-UnB (20/03/2017)
       3104. “RBPI: itinerário de uma revista essencial”, Brasília, 22 abril 2017, 3 p. Texto de comemoração dos 60 anos da RBPI, para divulgação em Mundorama (25/04/2017; link: <http://www.mundorama.net/?p=23514>). Precedido por entrevista concedida em vídeo gravado ao professor Antonio Carlos Lessa, no IRel-UnB em 20 de março de 2017; in: LESSA, A. C. “A RBPI e o pensamento brasileiro de Relações Internacionais: entrevista com Paulo Roberto de Almeida [online]”, SciELO em Perspectiva: Humanas, 2017 [viewed 29 April 2017]. (Available from YouTube; links de vídeo: http://humanas.blog.scielo.org/blog/2017/04/25/a-rbpi-e-o-pensamento-brasileiro-de-relacoes-internacionais-entrevista-com-paulo-roberto-de-almeida/; http://www.mundorama.net/?p=23555; https://www.youtube.com/watch?v=JibvvjOnAgw). Relação de Publicados n. 1254 e 1261.
            Link para o Canal pessoal no YouTube: https://youtu.be/6OqCtob5QFU.


10) Sessão especial Roberto Campos – Senado Federal (17/04/2017)
       3102. “Sessão especial no Senado em homenagem a Roberto Campos”, Brasília, 10 abril 2017, 3 p. Texto lido na sessão especial do dia 17/04/2017. Divulgado antecipadamente no blog Diplomatizzando (16/04/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/04/roberto-campos-sessao-especial-no.html), e no Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1493626460700799). Vídeo da sessão disponível no YouTube (26/04/2017; link: https://youtu.be/4z8Dz4Ul0nI; link de minha intervenção: (YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=XobuvjMuy7k&t=189s).). Notas no Jornal do Senado (ano XXIII, n. 4680, 18/04/2017, p. 1, 6-7). Divulgado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/04/roberto-campos-materia-no-jornal-do.html). Relação de Publicados n. 1255.
            Link para o Canal pessoal no YouTube: https://youtu.be/fYQpwTupxCA


11) O legado de Roberto Campos – Livraria Travessa, RJ (17/04/2017)
            Entrevista concendida a jornalista do Instituto Millenium no dia do lançamento do livro “O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intellectual de Roberto Campos” (Curitiba: Appris, 2017), na Livraria Travessa, na noite do dia 17/04/2017.ppris
            Link para o Canal pessoal no YouTube: https://youtu.be/U7zSr2TirC0.


12) Um anarco-liberal: entrevista à Sociedade Frederic Bastiat – Goiania (24/03/2017)

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

IPRI, 30 anos; reuniao com coordenadores de pos em RI, na VI CORE, 10/11/2017 - Paulo Roberto de Almeida

O "discurso" abaixo não foi pronunciado, por diversas razões, entre elas por falta de tempo, como sempre acontece nos seminários acadêmicos: começamos sempre tarde, pelos atrasos naturais do modo brasileiro de comportamento em face de horários estritos, e acabamos atrasando todo o desenrolar do seminário porque as pessoas falam demais e ultrapassam o tempo devotado a cada um. Por isso preferi não falar, abrindo imediatamente a palavra aos ex-diretores do IPRI, os que me precederam no cargo (pelo menos o que puderam estar em Brasília para a VI Conferência de Relações Exteriores, organizada pela Funag), para depois dar espaço às falas dos coordenadores de cursos de pós-graduação em RI das universidades brasileiras.
Não foi pronunciado, mas nada impede que se faça o registro de minhas intenções ao escrever estas palavras, um dia antes. Em postagem subsequente, vou trancrever a pequena nota de registro sobre essa reunião.
Paulo Roberto de Almeida 


Saudação aos coordenadores de cursos de pós-graduação em RI

Paulo Roberto de Almeida
 [Objetivo: reunião no quadro da VI CORE; finalidade: saudação aos coordenadores ]


Caros coordenadores, colegas de carreira, demais participantes,
Gostaria, em primeiro lugar, de saudar e agradecer, a cada um de vocês, a presença, nesta reunião que marca os 30 anos do IPRI, do qual sou diretor; no ano passado, na V CORE, realizada em Belém, comemoramos os 45 anos da Funag, presidida pelo embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima; o CHDD, atualmente dirigido pelo embaixador Gelson Fonseca, e que está, aliás, cumprindo os 15 primeiros anos de sua existência formal. Datas simbólicas como estas, envolvendo nossos principais órgãos de interação com a comunidade acadêmica, e com a sociedade civil de modo geral, nos oferecem a oportunidade de fazer um balanço retrospectivo do que conseguimos fazer, no período decorrido desde o marco inaugural, apresentar uma avaliação das iniciativas empreendidas no período recente, e também traçar algumas linhas prospectivas sobre o que gostaríamos, ou sobre o que desejaríamos fazer no período que se abre à nossa frente.
Encontros como este podem, de fato, oferecer essa bem-vinda visão externa que nós, responsáveis internos, necessitamos para reavaliar nosso trabalho, recolher sugestões quanto a novas iniciativas e disponibilizar novamente um espaço de interação entre, de um lado, operadores da política externa, que somos os diplomatas, e, de outro lado, os analistas, os pesquisadores, os estudiosos da política externa, da diplomacia brasileira, e das relações internacionais, de modo geral, o que representa, justamente, uma ponte, um espaço de diálogo e uma nova oportunidade para um recíproco enriquecimento em nossas esferas respectivas de atuação. Diplomatas, por mais pragmáticos que sejam, não se guiam apenas pela agenda de trabalho das organizações internacionais, pelas relações concretas entre Estados no plano bilateral, pelo fluir dos fatos e processos reais no plano do cotidiano, mas se apoiam, igualmente, numa determinada visão do mundo, numa concepção que se têm, que é adquirida, sobre o papel do Brasil no sistema internacional, numa interpretação mais vasta do que é possível fazer para, na famosa equação do ex-chanceler Celso Lafer, transformar oportunidades externas em possibilidades internas de desenvolvimento e de inserção mundial.
Essa visão do mundo, a memória histórica sobre a evolução do sistema internacional no último meio século, os desenvolvimentos recentes nos planos econômico, político, militar e mesmo cultural nos são dados, justamente, pela comunidade acadêmica que gravita em torno da diplomacia, que respira política externa, e que está continuamente examinando, com lupa ou telescópio, por vezes com bisturi ou aparelho de radiografia, a constante mutação das dinâmicas mundiais e a postura do Brasil no confronto com esses processos externos.
O Brasil, como todos podem constatar, vive um momento de transição, não apenas ao recompor as bases materiais de uma conjuntura econômica significativamente afetada pela pior recessão de toda a nossa história, mas também ao preparar-se para um novo período eleitoral, que vai colocar as bases políticas para seu itinerário para uma outra data relevante em nossa trajetória como nação: os dois séculos desde a independência, no ano de 2022, em  comemorações a serem comandadas pelo presidente que elegeremos dentro de pouco menos de um ano. Isso significa que temos cinco anos, aproximadamente, para nos prepararmos para o que eu chamaria de “momento de reflexão”, não apenas sobre os nossos últimos duzentos anos, mas também sobre as próximas etapas da construção da nação, sobretudo no terreno da educação, da pesquisa, do oferecimento de “tijolos conceituais” para essa grandiosa tarefa pertencente ao edifício intelectual de um projeto nacional de desenvolvimento econômico e social.
O que eu gostaria de propor aos pesquisadores de relações internacionais, aos analistas de nossa política externa, aos observadores engajados de nossa diplomacia é justamente um esforço concentrado em torno da perspectiva do Bicentenário, em 2022. Já dispomos, de certa forma, de uma cartografia e de um relato do que fizemos até aqui, e para isso eu me permito citar a obra recentemente publicada do embaixador Rubens Ricupero, “A Diplomacia na Construção da Nação, 1750-2016”, na verdade cobrindo uma cronologia um pouco mais ampla do que essa, pois parte da restauração da soberania portuguesa, em 1680, e assina um prefácio em julho de 2017, já no âmbito do governo atual. Creio que se trata de uma boa base para nossas reflexões e para novas pesquisas em torno dos episódios e processos mais importantes cobertos nessa obra que já nasce clássica.
Nosso papel, o da Funag, o do IPRI e também do CHDD, é justamente o de favorecer uma contínua interação entre operadores da política externa brasileira, os diplomatas, e vocês, que são analistas críticos daquilo que fazemos, ou que poderíamos fazer, no plano complexo e diversificado de nossas relações exteriores, de nossa inserção internacional. Por isso mesmo, abro a palavra, na sequência aqui feita em ordem alfabética, para que possamos registrar suas observações, comentários e sugestões para nosso trabalho conjunto no próximo ano e mais além.
Muito obrigado.


Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 9 de novembro de 2017