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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

BRICS: minha opinião sobre o grupo em 2022, que reafirmo em 2024: uma GRANDE ILUSÃO

 Quase dois anos atrás, em maio de 2022, fui convidado para um debate sobre a posição do Brasil no Brics. Resolvi não só externar minha opinião, como também reunir os meus escritos ao longo dos anos, praticamente desde 2006, e colocá-los num livro, este abaixo. Transcrevo agora o seu sumário e o meu prefácio, tal qual ainda válidos, em minha opinião.


A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia brasileira

(Brasília: Diplomatizzando, 2022, 189 p.  ISBN: 978-65-00-46587-7; Kindkle edition)


Índice

  

Prefácio: Brics: uma ideia em busca de algum conteúdo


1. O papel dos Brics na economia mundial 

O Bric e os Brics  

A Rússia, um “animal menos igual que os outros”

A China e a Índia  

E o Brasil nesse processo? 

 

2. A fascinação exercida pelo Brics nos meios acadêmicos 

Esse obscuro objeto de curiosidade 

O Brasil, como fica no retrato?

Russia e China: do comunismo a um capitalismo especial 

O fascínio é justificado?

O que os Brics podem oferecer ao mundo? 

 

3. Radiografia do Bric: indagações a partir do Brasil  

Introdução: a caminho da Briclândia

Radiografia dos Brics  

Ficha corrida dos personagens  

De onde vieram, para onde vão?  

New kids in the block  

Políticas domésticas  

Políticas econômicas externas  

Impacto dos Brics na economia mundial 

Impacto da economia mundial sobre os Brics 

Consequências geoestratégicas   

O Brasil e os Brics  

Alguma conclusão preventiva? 

 

4. A democracia nos Brics  

A democracia é um critério universal?  

Como se situam os Brics do ponto de vista do critério democrático?

Alguma chance de o critério democrático ser adotado no âmbito dos Brics?

 

5. Sobre a morte do G8 e a ascensão do Brics 

Sobre um funeral anunciado  

Qualificando o debate 

O que define o G7, e deveria definir também o Brics e o G20

Quais as funções do G7, que deveriam, também, ser cumpridas pelo G20?

 

6. O Bric e a substituição de hegemonias  

Introdução: por que o Bric e apenas o Bric?

Bric: uma nova categoria conceitual ou apenas um acrônimo apelativo?

O Bric na ordem global: um papel relevante, ou apenas uma instância formal?

O Bric e a economia política da nova ordem mundial: contrastes e confrontos 

Grandezas e misérias da substituição hegemônica: lições da História 

Conclusão: um acrônimo talvez invertido 

 

7. Os Brics na crise econômica mundial de 2008-2009

Existe um papel para os Brics na crise econômica?

Os Brics podem sustentar uma recuperação financeira europeia? 

A ascensão dos Brics tornaria o mundo mais multipolar e democrático?

 

8. O futuro econômico do Brics e dos Brics 

Das distinções necessárias 

O Brics representa uma proposta alternativa à ordem mundial do G7? 

O que teriam os Brics a oferecer de melhor para uma nova ordem mundial?

O futuro econômico do Brics (se existe um...)

Existe algum legado a ser deixado pelo Brics? 

 

9. O Brasil no Brics: a dialética de uma ambição 

O Brasil e os principais componentes de sua geoeconomia elementar 

Potencial e limitações da economia brasileira no contexto internacional 

A emergência econômica e a presença política internacional do Brasil

A política externa brasileira e sua atuação no âmbito do Brics 

O que busca o Brasil nos Brics? O que deveria, talvez, buscar? 

 

10. O lugar dos Brics na agenda externa do Brasil  

Uma sigla inventada por um economista de finanças 

Um novo animal no cenário diplomático mundial  

Existe um papel para o Brics na atual configuração de poder?

Vínculos e efeitos futuros: um exercício especulativo 

 

11. Contra as parcerias estratégicas: um relatório de minoria 

Introdução: o que é um relatório de minoria? 

O que é estratégico numa parceria? 

Quando o estratégico vira simplesmente tático 

Parcerias são sempre assimétricas, estrategicamente desiguais  

A experiência brasileira de parcerias: formuladas ex-ante  

A proliferação e o abuso de uma relação não assumida   

 

Posfácio: O Brics depois da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia 

Indicações bibliográficas     

Nota sobre o autor  


Prefácio

Brics: uma ideia em busca de algum conteúdo 

 

Agrupamentos econômicos ou políticos geralmente partem de algum projeto intrínseco à lógica instrumental de seus proponentes originais e tendem a seguir os objetivos precípuos de seus principais países membros. Eles geralmente são constituídos a partir de alguma ruptura de continuidade na ordem normal das coisas, ou seja, no plano diplomático, no seguimento de um evento ou processo transformador das relações de força. Por exemplo, a Grande Guerra de 1914-18, o mais devastador dos conflitos globais até então conhecidos, produziu a Liga das Nações, uma tentativa de conjurar enfrentamentos bélicos daquela magnitude nos anos à frente: o proponente original, contudo, a ela não aderiu, e a primeira entidade multilateral dedicada à manutenção da paz entre os Estados membros se debateu nos projetos militaristas expansionistas dos fascismos do entre guerras, até soçobrar por completo nos estertores da Segunda Guerra Mundial. Para Winston Churchill, os dois conflitos globais foram uma espécie de repetição daquilo que a Europa havia conhecido no século XVII, uma “segunda Guerra de Trinta Anos”. 

A tentativa seguinte começou com um exercício de conformação da ordem econômica do pós-guerra, realizado na reunião de Bretton Woods, em junho de 1944: ela partiu da constatação de que era preciso reconstruir as bases da interdependência econômica destruídas pela crise de 1929 e pela depressão da década seguinte, congregando quase todos os países que estavam então unidos pela ideia das “nações aliadas”, a maior parte em luta contra as potências do eixo nazifascista. A proposta foi relativamente bem-sucedida e resultou na criação do FMI e do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, ainda que a União Soviética, presente ao encontro, tenha preferido não se juntar às demais economias de mercado que puseram em funcionamento as duas instituições a partir de 1946. 

Imediatamente após a conferência de San Francisco e a abertura dos trabalhos da ONU, seu Comitê Econômico e Social (Ecosoc) aprovou a constituição de comissões econômicas regionais, encarregadas de mapear e informar a nova organização multilateral sobre a situação econômica em cada grande região do planeta, sendo que a mais famosa delas, a Cepal, sob a direção de Raúl Prebisch, não se contentou em apenas coletar dados econômicos sobre os países latino-americanos e do Caribe; com sede em Santiago do Chile, ela logo virou uma verdadeira escola de pensamento econômico, com cursos e programas de estudo sobre os problemas estruturais do continente.

Da mesma forma, a primeira organização de coordenação econômica europeia, a OECE, predecessora, em 1948, da OCDE (1960), foi constituída para administrar o funcionamento do Plano Marshall, e deveria, em princípio, estender-se igualmente aos países da Europa central e oriental ainda ocupados pelo Exército Vermelho. O Secretário de Estado americano proponente da ideia, o próprio George Marshall, respirou aliviado quando Stalin vetou a participação de sua esfera de influência no esquema, pois que não haveria, provavelmente, recursos a serem distribuídos entre todos eles; o programa, coordenado a partir de Paris, ficou então restrito à Europa ocidental.

Nos anos 1950 e no início da década seguinte, os países em desenvolvimento, em grande medida impulsionados pelo Brasil e demais latino-americanos, constataram que os arranjos econômicos feitos no âmbito de Bretton Woods e das reuniões preparatórias em Genebra à conferência da ONU sobre comércio e emprego de Havana, das quais resultaram, preliminarmente, o Acordo Geral sobre Comércio e Tarifas Aduaneiras (Gatt, 1947), não tinham resolvido o problema básico das diferenças estruturais entre as economias avançadas e as “subdesenvolvidas”, como então eram chamados os países pobres, logo em seguida batizados conjuntamente de “Terceiro Mundo”. Levantou-se, então, um imenso clamor em torno dessa distinção julgada indesejável entre o Norte e o Sul do planeta, do qual resultou a convocação, pelo Ecosoc, da primeira conferência das Nações Unidas sobre comércio e desenvolvimento (Unctad, 1964), da qual resultou não só a criação do G77, o grupo dos países em desenvolvimento, mas um secretariado em Genebra, que passou a organizar reuniões quadrienais, das quais alguns dos resultados foram acordos sobre produtos de base e a criação de um Sistema Geral de Preferências, abolindo, na prática, o princípio da reciprocidade inscrito nos primeiros acordos comerciais, uma das cláusulas básicas do sistema do Gatt.

Quando, no seguimento da denúncia americana da primeira versão de Bretton Woods, feita pelo presidente Nixon em agosto de 1971, se instalou um “não-sistema financeiro mundial”, as principais economias de mercado avançadas estabeleceram um esquema informal de consultas entre elas para tentar conter a volatilidade dos mercados cambiais, o que deu origem ao G5 e, mais adiante, ao G7. Esse agrupamento perdura até hoje, com uma fase de G8 – não exatamente econômica, mas bem mais política –, com a inclusão da Rússia pós-soviética no esquema, situação que perdurou até a invasão da península da Crimeia, amputando-a da Ucrânia, em 2014. 

Paralelamente às reuniões anuais do G7, foi criada uma entidade privada, o Fórum Econômico Mundial, com encontros em Davos, na Suíça, com esse mesmo objetivo primário, de oferecer um espaço de discussões sobre a economia global, mais reunindo líderes de países e empreendedores privados; daquelas tertúlias nos Alpes suíços resultaram algumas boas iniciativas depois incorporadas às agendas de trabalho das principais organizações do multilateralismo econômico, primeiro o Gatt, depois a OMC, mas também as entidades de Bretton Woods, assim como as de várias agências especializadas da ONU; delas também participavam muitas ONGs de todo o mundo, a passo que, num sentido manifestamente oposto aos objetivos de Davos, começou a reunir-se, por breve tempo, o Fórum Social Mundial, um convescote anual das tribos confusas de antiglobalizadores – ou altermundialistas, como proferiam os franceses –, já com clara orientação anticapitalista.

De forma algo similar, no contexto das crises financeiras das economias emergentes, no final dos anos 1990, foi criado, no âmbito do FMI, um Fórum de Estabilidade Global, que, impulsionado por nova crise financeira, desta vez dos países avançados, em 2008, resultou na institucionalização do G20, reunindo as maiores economias do planeta. As reuniões anuais do G20 ingressaram numa repetitiva rotina de trabalho dos dirigentes desses países (incluindo a União Europeia e organizações pertinentes), relativamente satisfatórias no plano das proposições, mas que eram bem menos exitosas no terreno das realizações concretas, dada a diversidade natural de orientações de política econômica (e de postura política) entre seus membros, o que parece natural, uma vez que o G20 carece da unidade de propósitos que caracteriza, por exemplo, a OCDE. Alguns grupos informais, para meio ambiente, por exemplo, ou para outros temas globais, foram sendo instituídos, ao sabor das urgências de cada momento, sem exibir, contudo, o formalismo institucional de grupos estruturados em torno de um tema específico, com objetivos bem determinados. Estes são, grosso modo, os exemplos mais conspícuos – descurando a multiplicidade e a diversidade dos acordos e arranjos regionais ou plurilaterais que congregam interesses setoriais ou regionais, geralmente sob a forma de arranjos de liberalização do comércio ou organizações de escopo político, ou militar, como a OTAN, no caso –, de agrupamentos surgidos a partir de um entendimento comum sobre objetivos compartilhados, que podem, ou não, evoluir para formatos institucionais, ou mais refinados, de agregação de valores e dotados de metas claramente definidas. 

Este não parece ser o caso do Bric-Brics, entidade híbrida, no universo dos agrupamentos conhecidos, sem um formato preciso quanto à sua institucionalidade e desprovido de metas objetivamente fixadas de acordo a um entendimento comum sobre seus objetivos básicos, ou seja, os elementos capazes de definir esse agrupamento em sua essência fundamental. Ele parece ter sido mais formado em oposição ao suposto “hegemonismo” do G7 do que em torno de propostas próprias sobre a ordem econômica e política mundial, com base em uma agenda de trabalho formalizada. Mas atenção, e aqui reside uma diferença relevante com respeito a todas as entidades mencionadas acima, ele não resultou de uma necessidade detectada internamente aos integrantes de seu primeiro formato, o Bric, mas se constitui a partir de uma sugestão totalmente alheia ao trabalho diplomático, ou de coordenação econômica entre países postulando objetivos comuns, com uma “inspiração” externa e estranha ao grupo, apenas para “aproveitar” a aproximação feita por um funcionário de uma entidade dedicada a finanças e investimentos, o economista Jim O’Neill, do Goldman Sachs. Por essa razão precisa, sempre o considerei um personagem anômalo, no universo de nossas tradições diplomáticas, mas basicamente em função de uma composição heterogênea, sem um foco preciso no leque dos interesses nacionais do Brasil no plano externo.

Este livro foi composto a partir de uma seleção de uma dezena, tão somente, de trabalhos, dentre uma lista de mais de duas dúzias de ensaios e artigos que escrevi explicitamente sobre o Brics – à exclusão, portanto, de diversos outros textos que pudessem igualmente abordar secundariamente esse grupo de países reunidos por uma ambição diplomática –, a partir de uma simples proposta econômica, e que se manteve navegando, entre ventos e marés, desde meados da primeira década do século, e que segue existindo mais como ideia do que como realidade. Os primeiros trabalhos nessa categoria foram escritos antes mesmo da constituição formal do grupo e se estenderam por mais de uma década, sobretudo durante a vigência do lulopetismo diplomático. A despeito de algo defasados no tempo, o que se reflete em alguns dados conjunturais, eles revelam uma preocupação fundamental do autor com a coerência da diplomacia brasileira – nem sempre respeitada em todos os governos – e com uma noção muito bem refletida sobre os chamados interesses nacionais – nem sempre bem interpretados por todos os governos –, o que fiz invariavelmente desde minha formação superior, nos campos da sociologia histórica e da economia política. A partir do momento em que passei a exercer-me na carreira de diplomata, nunca deixei de aplicar minhas leituras, minhas pesquisas, as experiências adquiridas em prolongadas estadas no exterior, em todos os regimes políticos e sistemas econômicos imagináveis, com exceção talvez de uma pura tirania ao velho estilo do despotismo oriental, ou o stalinismo do seu período mais sombrio. Percorri muitos países, ao longo de uma vida de estudos e de missões diplomáticas, sempre recolhendo impressões sobre suas formas de organização política e suas modalidades de organização econômica, o que me permitiu escrever centenas de artigos, duas dúzias de livros e incontáveis notas em cadernos, que se transformavam em trabalhos uma vez definido um objeto preciso de análise.

O Bric-Brics foi um desses animais estranhos na paisagem diplomática, ao qual apliquei o meu bisturi analítico, de forma bastante crítica como se poderá constatar pela leitura dos trabalhos selecionados e aqui compilados, o que obviamente se situava contrariamente à postura do Brasil em política externa nos anos do lulopetismo diplomático. Nunca fui de aderir a modismos de ocasião, nem me intimidei com os olhares estranhos que me eram dirigidos cada vez que eu me pronunciava com o meu olhar crítico sobre esse novo animal na paisagem de nossas relações exteriores. Sempre considerei que a atividade diplomática não pode ser dominada por esses princípios que só podem vigorar nas casernas, ou melhor, em situações de combate: a hierarquia e a disciplina. Acredito que um soldado não pode interromper as operações no terreno para ir discutir os fundamentos da paz kantiana com o seu comandante de pelotão, mas um diplomata tem, sim, o dever, de questionar, e de argumentar, sobre cada “novidade” que se apresenta na agenda das relações exteriores do Brasil. 

Como nunca me dobrei ao argumento da autoridade, sempre busquei invocar a autoridade do argumento ao discutir a rationale desse animal bizarro no cenário de nossas atividades, o que não foi bem recebido pelo grupo no poder. Não obstante estar privado de cargos na Secretaria de Estado, durante mais de uma década, continuei analisando criticamente as principais opções de nossas relações exteriores, aliás em todos os governos, desde a era militar até o arremedo de autoritarismo castrense a partir de 2019, o que se refletiu, precisamente, em todos os livros que publiquei desde 1993 (sendo os dois primeiros sobre o Mercosul) e em dezenas de artigos de corte acadêmico redigidos desde o período da ditadura militar. O último artigo desta coletânea, não tem a ver diretamente com a questão do Brics, mas se refere precisamente a essa postura de “minoria” contra certas posições dominantes, que nunca hesitei em proclamar, com base num estudo aprofundado de nossas relações internacionais. 

Esta compilação de artigos e ensaios tem por objetivo, assim, demonstrar na prática como se pode fazer diplomacia – ou, no caso, história diplomática – sem necessariamente rezar a missa pelo credo oficial. Ela demonstra, pelo menos para mim, que o dever do diplomata não é o de se curvar disciplinadamente às inovações que vêm de cima, mas o de questionar, com base num exame detido de cada questão, sua adequação a uma certa concepção do interesse nacional. A radiografia que aqui se faz do Brics tem por objetivo apresentar os dados da questão, examinar o interesse da ideia para o interesse nacional – com o objetivo do desenvolvimento econômico e social sempre em pauta – e de questionar o que deve ser questionado a partir de certos equívocos de posicionamento externo que podem discrepar daquele objetivo. Manterei minha opção de oferecer relatórios de minoria cada vez que a ocasião se apresentar. No momento, a intenção foi a de coletar trabalhos resultando uma década e meia de reflexões sobre o que eu chamei de “grande ilusão” de uma diplomacia paralela, que ainda exerce influência sobre nossas opções externas. 

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4166: 6 maio 2022, 5 p.

 

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Sobre a postura política de diplomatas - Paulo Roberto de Almeida

 Sobre um questionamento várias vezes feito em relação à postura política dos diplomatas

Paulo Roberto de Almeida

A maior parte, a quase totalidade dos diplomatas da ativa estava e encontra-se absolutamente silente, intimidados que foram pelas atitudes truculentas do ex-chanceler acidental e dos “novos bárbaros” do bolsonarismo. Devo ser o único a me manifestar, além de alguns poucos aposentados (entre eles e de forma excepcional do embaixador Rubens Ricupero).

Quanto a mim, apenas um comentário: antes de ser um diplomata, sou um cidadão, consciente de minhas responsabilidades para com a nação, para com a sociedade, depois, muito depois, para com o Estado e, em último lugar, para com o governo.

Repito o que já disse dezenas de vezes: não deixo o cérebro em casa quando vou trabalhar, nem o deposito na portaria quando adentro no trabalho. Nunca deixei de expressar minha opinião sobre temas de trabalho, sem qualquer intimidação pela regra dogmática da “disciplina rme da hierarquia”. 

Paguei um alto preço por essa postura, mas fiquei em paz com minha consciência, sem qualquer restrição de tipo oportunista ou carreirista.

Meu último livro sobre esse ciclo horroroso do bolsolavismo diplomático chama-se, apropriadamente, O Itamaraty Sequestrado: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo, 2018-2021 (em formato e-book no Kindle via Amazon.com.br).

domingo, 9 de maio de 2021

Sumários dos livros do ciclo do bolsolavismo diplomático e títulos dos demais - Paulo Roberto de Almeida

 Sumários dos livros do ciclo do bolsolavismo diplomático

Paulo Roberto de Almeida

Disponível na plataforma  Academia.edu (link: https://www.academia.edu/48857809/Relações_Exteriores_Pol%C3%ADtica_Externa_e_Diplomacia_Brasileira_livros_de_Paulo_Roberto_de_Almeida_maio_2021_)


 

(1) Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty

(Brasília: Edição do Autor, 2019; 184 p.; ISBN: 978-65-901103-0-5; Boa Vista: Editora da UFRR, 2019, 165 p., Coleção “Comunicação e Políticas Públicas vol. 42; ISBN: 978-85-8288-201-6, livro impresso; ISBN: 978-85-8288-202-3, digital). 

 

Prefácio: onde está a política externa do Brasil? 

 

1. Miséria da diplomacia, ou sistema de contradições filosóficas

     1. No reino das contradições filosóficas

     2. Quanto à forma de designação do chanceler

     3. Quanto à natureza do personagem designado

     4. Quanto à substância de alguns temas da agenda diplomática

 

2. O Ocidente e seus salvadores: um debate de ideias

     1. A decadência e o Ocidente: algum perigo iminente?

     2. Quais são as “teses” principais de “Trump e o Ocidente”?

     3. O grande medo do Ocidente cristão: realidade ou paranoia?

     4. Contradições insanáveis no projeto de salvamento do Ocidente cristão

 

3. O marxismo cultural: um útil espantalho?

     1. O renascimento de uma tendência: a parábola do marxismo cultural

     2. A trajetória do socialismo: o elefante que voou, via opressão dos trabalhadores

     3. O genérico substituto do gramscismo: em socorro do socialismo

     4. O marxismo cultural salvo do declínio pela paranoia da direita?

 

4. A destruição da inteligência no Itamaraty: dialética da obscuridade

     1. No começo era o verbo, depois fizeram-se as trevas...

     2. Nas origens da metapolítica: o romantismo alemão que derivou para o nazismo

     3. Tribulações de um antiglobalista improvisado: supostas “ameaças” ao Brasil

     4. Dialética da obscuridade: a diplomacia do antiglobalismo

 

5. O globalismo e seus descontentes: notas de um contrarianista

     1. Fixando os termos do debate: a contracorrente do pensamento único

     2. Nota pessoal do ponto de vista de quem pratica ativamente o ceticismo sadio

     3. Globalização real e globalismo surreal: da física à metafísica

     4. Do lado da direita: todo globalismo será castigado, mesmo sem doutrina

     5. Teorias conspiratórias sobre o globalismo: déjà vu, all over again

     6. A contrafação dos neo-Illuminati no Brasil: globalismo, climatismo, marxismo

 

6. A revolução cultural na diplomacia brasileira: um exercício demolidor 

     1. Euforia e tragédia das revoluções culturais

     2. O pequeno salto para trás do chanceler

     3. A revolução cultural na prática

 

Apêndices: 

Por que sou um contrarianista?

Breve nota biográfica: Paulo Roberto de Almeida

Livros e trabalhos de Paulo Roberto de Almeida

 

 

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(2) O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira

(Brasília: Diplomatizzando, 2020, 225 p.; ISBN: 978-65-00-05968-7; edição Kindle: ASIN: B08B17X5C1). 

 

Prólogo 

 

1. A política externa e a diplomacia em tempos de revolução cultural 

2. De uma diplomacia a outra no Itamaraty: conceitos e práticas 

3. A destruição da inteligência no Itamaraty 

4. A ideologia da diplomacia brasileira 

5. Os desastres da política externa do olavo-bolsonarismo 

6. Questões de diplomacia e de política externa do Brasil 

7. Desafios da diplomacia no Brasil, do lulopetismo ao bolsonarismo 

8. O espectro do globalismo: a emergência da irracionalidade oficial 

9. Manifesto Globalista 

10. Um ornitorrinco no Itamaraty 

11. O Itamaraty e a diplomacia brasileira em debate 

12. Política externa e diplomacia brasileira no século XXI 

13. A diplomacia brasileira em tempos de olavo-bolsonarismo 

14. A diplomacia brasileira na corda bamba, sem qualquer equilíbrio 

15. Pandemia global e pandemia nacional: um futuro pior que o passado 

16. A diplomacia e a negociação como fundamentos das relações internacionais 

17. Meu ‘manifesto’ diplomático: em defesa do Itamaraty 

18. O mundo pós-pandemia: contextos políticos e tendências internacionais

19. A política externa e a diplomacia brasileira em tempos de pandemia global

20. A diplomacia brasileira em uma fase de inédito declínio histórico

22. O Itamaraty no seu labirinto

 

Apêndices:

Uma pequena reflexão sobre o trabalho de resistência intelectual

Livros publicados pelo autor

Nota sobre o autor

 

 

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(3) Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira

(Brasília: Diplomatizzando, 2020; 169 p.; ISBN: 978-65-00-19254-4).

 

Prólogo: Uma certa ideia do Itamaraty

 

1. Bases conceituais de uma política externa nacional

1.1. Introdução: natureza do exercício

1.2. Quanto aos métodos

1.2.1. Clareza quanto às intenções

1.2.2. Interação entre a diplomacia e a economia

1.2.3. Aferição precisa quanto aos meios disponíveis

1.2.4. Flexibilidade e abertura às inovações

1.3. Quanto aos propósitos

1.3.1. A questão do interesse nacional

1.3.2. O problema das prioridades nas relações exteriores

1.3.3. As “parcerias estratégicas”: possibilidades e limites

1.3.4. A ordem econômica internacional e os blocos de integração

1.3.5. Problemas da segurança internacional, regional e nacional

1.3.6. A representação dos interesses no exercício da política externa

1.3.7. Instrumentos de ação de uma política externa nacional

1.4. Conclusões: fundamentos empíricos de uma diplomacia concreta

 

2. Quais são as nossas verdadeiras ameaças? 

2.1. Uma situação depressiva, no mundo todo, com a pandemia

2.2. Um novo inimigo na frente diplomática: o globalismo

2.3. A “revolução cultural” em curso no Itamaraty

2.4. As contradições da diplomacia bolsolavista

 

3. Política externa e diplomacia no contexto das liberdades democráticas

Introdução: como a diplomacia interage com as liberdades e a democracia

3.1. As conferências da paz da Haia de 1899 e de 1907: Rui Barbosa e a igualdade soberana das nações; Corte Arbitral Internacional; possibilidades e limites

3.2. A Grande Guerra e os 14 Pontos de Wilson; a denúncia bolchevique dos acordos secretos

3.3. A Liga das Nações e o Acordo Briand-Kellog: o recurso obrigatório a meios pacíficos de solução de controvérsias e de disputas entre os Estados 

3.4. O nascimento oligárquico da ordem internacional do pós-Segunda Guerra: a ONU

3.5. O processo de multilateralização da ordem política e econômica internacional

3.6. A descolonização, o fim do socialismo e a triplicação dos Estados membros da ONU

3.7. A busca de justiça nas relações internacionais: de Nuremberg ao TPI, passando pelas guerras civis nos Balcãs, na África e no Oriente Médio

3.8. A responsabilidade de proteger (R2P), limites da soberania estatal e a responsabilidade ao proteger

3.9. Progressos limitados da ordem democrática no contexto internacional

3.10. O Brasil no contexto global das liberdades democráticas: da ditadura à democracia e aos retrocessos do antimultilateralismo

 

4. O Brasil no cenário internacional e o futuro da diplomacia brasileira 

4.1. Qual é o cenário internacional atual?

4. 2. Como o Brasil se situa nesse cenário?

4.3. Quais foram, quais são, atualmente, os posicionamentos da diplomacia brasileira?

4.4. Os sete pecados capitais da diplomacia bolsolavista

4.4.1. Ignorância

4.4.2. Irrealismo

4.4.3. Arrogância

4.4.4. Servilismo

4.4.5. Miopia

4.4.6. Grosseria

4.4.7. Inconstitucionalidade

4.5. A diplomacia brasileira tem futuro? Certamente, mas ainda não sabemos qual será 

 

5. Duas diplomacias contrastadas: a do lulopetismo e a do bolsolavismo

5.1. Similaridades e diferenças entre uma e outra diplomacia

5.2. O que distingue, basicamente, a diplomacia lulopetista da bolsolavista? 

5.3. Contrastes e confrontos entre a diplomacia lulopetista e a bolsolavista

(a) Multilateralismo e cooperação internacional: a quadratura do círculo

(b) OMC e questões comerciais em geral: muito barulho por quase nada

(c) Terrorismo: o que os EUA determinarem, está bem

(d) Globalização e “globalismo”: quando o besteirol chega ao Itamaraty

(e) Brasil na América do Sul e a questão da liderança regional

(f) Mercosul: supostamente relevante, mas de fato deixado de lado

(g) Argentina, o parceiro incontornável (mas contornado)

(h) Europa, União Europeia: esperanças e frustrações

(i) A relação bilateral com os Estados Unidos: subordinação em toda a linha

(j) relações com a China: entre o saldo comercial e o “comunavirus”

5.4Instrumentos diplomáticos e características gerais das duas diplomacias

 

6. Política externa e diplomacia brasileira no desenvolvimento nacional

6.1. Introdução: a natureza profunda de uma transição nunca acabada

6.2. Do Império à velha República: o lento desenvolvimento social

6.3. A modernização conservadora sob tutela militar: 1930-1985

6.4. As insuficiências sociais da democracia política: 1985-2020

6.5. Dúvidas e questionamentos sobre o futuro: o que falta ao Brasil?

6.5.1. Estabilidade macroeconômica (políticas macro e setoriais)

6.5.2. Competição microeconômica (fim de monopólios e carteis)

6.5.3. Boa governança (reforma das instituições nos três poderes)

6.5.4. Alta qualidade do capital humano (revolução educacional)

6.5.5. Abertura ampla a comércio e investimentos internacionais

6.6. Conclusões: o que falta ao Brasil?

 

Epílogo:

Preparando a reconstrução da política externa 

 

Apêndices:

Dez regras sensatas para a diplomacia profissional

A reconstrução da política externa brasileira

Programa Renascença (Instituto Diplomacia para Democracia)

Livros publicados por Paulo Roberto de Almeida

Nota sobre o autor

 

 

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(4) O Itamaraty Sequestrado: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo, 2018-2021 

(Brasília: Diplomatizzando, 2021, 111 p.; ISBN: 978-65-00-22215-9; edição Kindle)

 

Prefácio

 

1. Ascensão e queda do bolsolavismo diplomático, 2018-2021

1.1. O assalto dos novos bárbaros ao Itamaraty

1.2. Novamente no limbo, analisando o bolsolavismo diplomático

 

2. Degradação democrática e demolição diplomática

2.1. O destino da nação: declínio ou renovação da democracia brasileira?

2.2. A História não se repete, nem mesmo como farsa

2.3. O que fazer na ausência de um estadista circunstancial?

2.4. Uma inédita ruptura nos padrões tradicionais da política externa 

2.5. O alinhamento automático ao presidente Trump: um escândalo temporário

2.6. A hostilidade em relação à China como critério da identidade comum

2.7. O isolamento na esfera internacional e no contexto regional

2.8. O caso da tecnologia 5G: prejuízos reais em qualquer hipótese

2.9. O caso da Amazônia: uma extraordinária vocação para o erro

2.10. A postura no caso da pandemia da COVID: negacionismo em toda a linha

2.11. Uma nova Idade das Trevas?

 

3. Submissão ao Império e relações com os vizinhos regionais

3.1. A importância da descontinuidade, em circunstâncias inéditas

3.2. A importância histórica das relações regionais e hemisféricas

3.3. Da aliança não escrita aos impasses políticos e econômicos

3.4. Bolsonaro e uma inédita relação de alinhamento sem barganha

3.5. A desintegração regional e o desalinhamento com os vizinhos 

3.6. Qual o futuro da integração, do Mercosul, da política externa brasileira?

 

4. Um novo animal na paisagem: o globalismo e os seus descontentes

4.1. O espectro do globalismo: a emergência da irracionalidade oficial

4.2. Dos antiglobalizadores aos antiglobalistas?

4.3. À la recherche du globalisme perdu

4.4. Os nacionalismos canhestros: genitores do antiglobalismo irracional

 

5. Um “balanço” desequilibrado: a despedida do chanceler acidental

5.1. Ascensão e queda de um capacho exemplar

5.2. O “balanço” e o seu oposto: mentiras, falácias e falcatruas 

5.3. A justificativa prolixa e a declaração de política objetiva

 

6. Quo vadis, Brasil? 

6.1. Estaríamos enfrentando uma fase tendencial de declínio?

6.2. O que é verdadeiramente estratégico na vida da nação? 

6.3. Quão baixo, quão fundo, uma sociedade pode descer?

6.4. Um “exército de ocupação” interno? 

6.5. Sobre os descaminhos do Brasil atual

 

Apêndices

Sumários dos livros do ciclo do bolsolavismo diplomático

Livros publicados pelo autor

Nota sobre o autor 

 

 

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(5) Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (Brasília: próxima publicação, 2021, 265 p.)

 

Nota liminar

Uma história sincera do Itamaraty?

 

1. Relações internacionais do Brasil: uma síntese historiográfica

1.1. A historiografia: uma quase esquecida na história das ideias

1.2. A historiografia brasileira das relações exteriores: principais historiadores

1.3. Varnhagen, o pai da historiografia, o legitimista da corte

1.4. João Ribeiro inaugura a era dos manuais de história do Brasil

1.5. Oliveira Lima: o maior dos historiadores diplomatas

1.6. Pandiá Calógeras: o início da sistematização da história diplomática

1.7. Interregno diversificado: trabalhos da primeira metade do século XX

1.8. Os manuais didáticos de história diplomática: Vianna, Delgado e Rodrigues

1.9. O ideal desenvolvimentista: Amado Cervo e Clodoaldo Bueno

1.10. A diplomacia na construção da nação: Rubens Ricupero

1.11. A historiografia brasileira das relações internacionais: questões pendentes

 

2. As relações internacionais do Brasil em perspectiva histórica

2.1. Padrões e tendências das relações internacionais do Brasil

2.2. Etapas das relações internacionais do Brasil

       2.2.1. O Império: a construção da nação e as bases da diplomacia

       2.2.2. A Velha República: os mitos e as deficiências da política externa

       2.2.3. A era Vargas: escolhas estratégicas, a despeito de tudo

       2.2.4. O regime militar: consolidação do corporatismo diplomático

2.3. A redemocratização e as relações exteriores do Brasil

       2.3.1. Uma periodização diplomática para o período contemporâneo

       2.3.2. A restauração constitucional e os erros econômicos

       2.3.3. Os anos turbulentos das revisões radicais do momento neoliberal

       2.3.4. Estabilização macroeconômica e nova presença internacional

       2.3.5. A primeira era do Nunca Antes: a diplomacia personalista de Lula

       2.3.6. Uma transição pouco convencional: retornando a padrões anteriores

       2.3.7. Uma segunda era do Nunca Antes: a diplomacia bizarra de Bolsonaro

2.4. O que concluir de tudo isto? Que lições ficam de nossa trajetória histórica?

2.5. Nota final: reformas internas e inserção na globalização

 

3. Processos decisórios na história da política externa brasileira

3.1. O que define um processo decisório: observações preliminares

3.2. A diplomacia brasileira como instituição

3.3. A estrutura orgânica da diplomacia brasileira

3.4. Os processos decisórios na diplomacia brasileira

3.5. Virtudes e defeitos do processo decisório na diplomacia lulopetista

3.6. A degradação da cadeia de decisão no governo Bolsonaro

3.7. Conclusões: como funciona, como talvez devesse funcionar...

 

4. A política da política externa: as várias diplomacias presidenciais

4.1. Participação dos presidentes em política externa: da omissão ao ativismo

4.2. O início da liderança presidencial em política externa: a era Vargas

4.3. JK e o desenvolvimentismo: a caminho da política externa independente

4.4. O regime militar: tudo pelo “Brasil Grande Potência”

4.5. Redemocratização: crise externa e integração regional

4.6. Os anos FHC: enfim, uma diplomacia presidencial

4.7. Os anos Lula: o ativismo como norma, o personalismo como finalidade

4.8. A tímida diplomacia presidencial de Michel Temer

4.9. A antidiplomacia de Bolsonaro e dos assessores aloprados: afundamento

4.10. Conclusões: caminhos erráticos da diplomacia presidencial brasileira

 

5. O outro lado da glória: o reverso da medalha da diplomacia brasileira

5.1. Tropeços na independência e durante o império

5.2. Os fracassos da primeira diplomacia republicana

5.3. A difícil construção de uma diplomacia autônoma, e consciente de sê-la

5.4. A diplomacia profissional, como base da diplomacia presidencial

5.5. A deformação da política externa sob a diplomacia bolsolavista

 

6. Um exercício de planejamento estratégico para a diplomacia 

Introdução: demolição e reconstrução da diplomacia brasileira

6.1. A política externa e a diplomacia no desenvolvimento nacional

6.1.1. Etapas percorridas em 200 anos de história institucional

6.1.2. Os desafios: uma matriz dos recursos e das debilidades nacionais

6.2. Campos de atuação da diplomacia e da política externa 

6.2.1. Multilateralismo, regionalismo e bilateralismo como instrumentos

6.2.2. A política externa multilateral: interfaces políticas e econômicas

6.2.3. A geografia política e a geoeconomia global das relações exteriores

6.2.4. América do Sul: eixo de um espaço econômico integrado

6.2.5. O multilateralismo econômico: eixo da inserção global do país

6.2.6. Ambientalismo e sustentabilidade: eixos dos padrões produtivos
6.2.7. Direitos humanos e democracia: eixos da proposta ética do país

6.2.8. Blocos e alianças estratégicas na matriz externa

6.2.9. Relações com parceiros bilaterais e regionais

6.2.10. Vantagens comparativas e exploração de novas possibilidades

6.2.11. Integração política externa e políticas de desenvolvimento

6.3. O Itamaraty como força motriz da inserção global do Brasil

6.3.1. Gestão da Casa, com base nas melhores práticas da governança

6.3.2. Responsabilização, abertura e transparência nas funções

6.3.3. Capital humano de alta qualidade: base de uma diplomacia eficaz

6.4. Planejamento estratégico como prática contínua da diplomacia 

 

Apêndice: O Estado do Brasil em 1587 e sua condição atual

 

Bibliografia e referências

Nota sobre o autor

Livros do autor

 

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Livros publicados pelo autor

 

 

49) Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (Brasília: em publicação, 2021, 322 p.)

48) O Itamaraty Sequestrado: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo, 2018-2021 (Brasília, Diplomatizzando, 2021, 111 p.; ISBN: 978-65-00-22215-9).

47) Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020, 169 p.; ISBN: 978-65-00-19254-4).

46) Um contrarianista na academia: ensaios céticos em torno da cultura universitária (Brasília: edição Kindle, 2020;ASIN: B08668WQGL; ISBN: 978-65-00-06751-4).

45) A ordem econômica mundial e a América Latina: ensaios sobre dois séculos de história econômica (Brasília: edição Kindle, 2020, 363 p.; ASIN: B08CCFDVM2; ISBN: 978-65-00-05967-0).

44) O Mercosul e o regionalismo latino-americano: ensaios selecionados, 1989-2020 (Brasília: edição Kindle, 2020, 453 p.; ASIN: B08BNHJRQ4; ISBN: 978-65-00-05970-0).

43) O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020, 225 p.; ISBN: 978-65-00-05968-7; edição Kindle, ASIN: B08B17X5C1).

42) Vivendo com livros: uma loucura gentil (Brasília: Edição de Autor, 2019, 265 p.; edição Kindle; ASIN: B0838DLFL2).

41) Um contrarianista no limbo: artigos em Via Política, 2006-2009 (Brasília: Edição de Autor, 2019; edição Kindle, ASIN: B083611SC6).

40) Minhas colaborações a uma biblioteca eletrônica: contribuições a periódicos do sistema SciELO (Brasília: Edição do Autor, 2019; edição Kindle, ASIN: B08356YQ6S).

39) Paralelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude (Brasília: Edição do Autor, 2019, 398 p.; edição Kindle, ASIN: B082Z756JH).

38) O panorama visto em Mundorama: ensaios irreverentes e não autorizados (Brasília: Edição do Autor, 2019, 477 p.; edição Kindle, ASIN: B082ZNHCCJ).

37) Pontes para o mundo no Brasil: minhas interações com a RBPI (Brasília: Edição do Autor, 2019, 481 p.; edição Kindle, ASIN: B08336ZRVS).

36) Marxismo e socialismo: trajetória de duas parábolas na era contemporânea (Brasília: Edição do autor, 2019, 200 p.; edição Kindle, ASIN: B082YRTKCH).

35) Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (Brasília: Edição do autor, 2019, 184 p., ISBN: 978-65-901103-0-5). 

34) Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (Boa Vista: Editora da UFRR, 2019, 165 p., Coleção “Comunicação e Políticas Públicas vol. 42; ISBN: 978-85-8288-201-6, livro impresso; ISBN: 978-85-8288-202-3, livro eletrônico).

33) Contra a corrente: Ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil (2014-2018) (Curitiba: Appris, 2019, 247 p.; ISBN: 978-85-473-2798-9).

32) Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (3ª edição; Brasília: Funag, 2017; 2 volumes; 964 p.; ISBN: 978-85-7631-675-6).

31) Nunca Antes na Diplomacia…: a política externa brasileira em tempos não convencionais (Curitiba: Editora Appris, e-book, 2016; ISBN: 978-85-8192-429-8).

30) Révolutions bourgeoises et modernisation capitaliste: Démocratie et autoritarisme au Brésil (Sarrebruck: Éditions Universitaires Européennes, 2015, 496 p.; ISBN: 978-3-8416-7391-6).

29) Die brasilianische Diplomatie aus historischer Sicht: Essays über die Auslandsbeziehungen und Außenpolitik Brasiliens (Saarbrücken: Akademiker Verlag, 2015, 204 p.; Übersetzung aus dem Portugiesischen ins Deutsche: Ulrich Dressel; ISBN: 978-3-639-86648-3).

28) O Panorama visto em Mundorama: Ensaios Irreverentes e Não Autorizados (Hartford: Edição do autor, 2015, 374 p.)

27) Paralelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude (Hartford: Edição do Autor, 2015; 380 p.). 

26) Volta ao Mundo em 25 Ensaios: relações internacionais e economia mundial (Hartford: edição Kindle, ASIN:B00P9XAJA4).

25) Rompendo Fronteiras: a academia pensa a diplomacia (Hartford: edição Kindle, 2014, 414 p., ASIN: B00P8JHT8Y).

24) Codex Diplomaticus Brasiliensis: livros de diplomatas brasileiros (Hartford: edição Kindle, 2014, 326 p., ASIN: B00P6261X2).

23) Polindo a Prata da Casa: mini-resenhas de livros de diplomatas (Hartford: edição Kindle, 2014, 151 p., ASIN:B00OL05KYG).

22) Prata da Casa: os livros dos diplomatas (Hartford: Edição de Autor; 2014, 663 p.).

21) Nunca Antes na Diplomacia...: A política externa brasileira em tempos não convencionais (Curitiba: Appris, 2014, 289 p.; ISBN: 978-85-8192-429-8).

20) O Príncipe, revisitado: Maquiavel para os contemporâneos (Hartford: edição Kindle, 2013, 226 p., ASIN: B00F2AC146).

19) Integração Regional: uma introdução (São Paulo: Saraiva, 2013, 174 p.; ISBN: 978-85-02-19963-7).

18) Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização (Rio de Janeiro: LTC, 2012, 309 p.; ISBN 978-85-216-2001-3).

17) Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização (Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2011, xx+272 p.; ISBN: 978-85-375-0875-6).

16) O Moderno Príncipe (Maquiavel revisitado) (Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2010, 195 p.; ISBN: 978-85-7018-343-9).

15) O Moderno Príncipe: Maquiavel revisitado (Rio de Janeiro: Freitas Bastos, edição eletrônica, 2009, 191 p.; ISBN: 978-85-99960-99-8). 

14) O Estudo das Relações internacionais do Brasil: um diálogo entre a diplomacia e a academia (Brasília: LGE, 2006, 385 p.; ISBN: 85-7238-271-2).

13) Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (2ª edição; São Paulo: Senac-SP, 2005, 680 pp., ISBN: 85-7359-210-9).

12) Relações internacionais e política externa do Brasil: história e sociologia da diplomacia brasileira (2ª ed.: revista, ampliada e atualizada; Porto Alegre: UFRGS, 2004, 440 p.; ISBN: 85-7025-738-4).

11) A Grande Mudança: consequências econômicas da transição política no Brasil (São Paulo: Códex, 2003, 200 p.; ISBN: 85-7594-005-8).

10) Une histoire du Brésil: pour comprendre le Brésil contemporain (avec Katia de Queiroz Mattoso; Paris: L’Harmattan, 2002, 142 p.; ISBN: 2-7475-1453-6). 

09) Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (São Paulo: Paz e Terra, 2002, 286 p.; ISBN: 85-219-0435-5).

08) Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (São Paulo: Senac-SP, 2001, 680 pp., ISBN: 85-7359-210-9).

07) Le Mercosud: un marché commun pour l’Amérique du Sud (Paris: L’Harmattan, 2000, 160 p.; ISBN: 2-7384-9350-5). 

06) O estudo das relações internacionais do Brasil (São Paulo: Universidade São Marcos, 1999, 300 p.; ISBN: 85-86022-23-3).

05) O Brasil e o multilateralismo econômico (Porto Alegre: Livraria do Advogado, coleção “Direito e Comércio Internacional”, 1999, 328 p.; ISBN: 85-7348-093-9).

04) Velhos e novos manifestos: o socialismo na era da globalização (São Paulo: Juarez de Oliveira, 1999, 96 p.; ISBN: 85-7441-022-5).

03) Mercosul: Fundamentos e Perspectivas (São Paulo: LTr, 1998, 160 p.; ISBN: 85-7322-548-3).

02) Relações internacionais e política externa do Brasil: dos descobrimentos à globalização (Porto Alegre: UFRGS, 1998, 360 p.; ISBN: 85-7025-455-5).

01) O Mercosul no contexto regional e internacional (São Paulo: Aduaneiras, 1993, 204 p.; ISBN: 85-7129-098-9).

 

 

Organização, edição:

 

13) Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro, Sérgio Eduardo Moreira Lima; Paulo Roberto de Almeida; Rogério de Souza Farias (organizadores); Brasília: Funag, 2017, 2 vols.).

12) O Homem que pensou o Brasiltrajetória intelectual de Roberto Campos (Curitiba: Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0).

11) Carlos Delgado de Carvalho: História Diplomática do Brasil (Brasília: Senado Federal, 2016, 504 p.; ISBN: 978-85-7018-696-6).

10) The Drama of Brazilian Politics: From 1814 to 2015 (with Ted Goertzel; Kindle edition; 2015, 278 p.; ISBN: 978-1-4951-2981-0ASIN: B00NZBPX8A).

09) Relações Brasil-Estados Unidos: assimetrias e convergências (com Rubens Antonio Barbosa; São Paulo: Saraiva, 2016, 326 p.; edição digital; ISBN: 978-85-0212-208-6).

08) Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil: coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos (com Rubens Antônio Barbosa e Francisco Rogido Fins; Brasília: Funag, 2010, 244 p.; ISBN: 978-85-7631-274-1). 

07) Envisioning Brazil: a Guide to Brazilian Studies in the United States, 1945-2000 (with Marshall C. Eakin; Madison: Wisconsin University Press, 2005, 536 p.; ISBN: 0-299-20770-6).

06) Relações Brasil-Estados Unidos: assimetrias e convergências (com Rubens Antonio Barbosa; São Paulo: Saraiva, 2005, 328 p.; ISBN: 978-85-02-05385-4).

05) O Brasil dos Brasilianistas: um guia dos estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos, 1945-2000 (com Marshall C. Eakin e Rubens Antônio Barbosa; São Paulo: Paz e Terra, 2002; ISBN: 85-219-0441-X). 

04) Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social (com Yves Chaloult; São Paulo: LTr, 1999, 271 p.; ISBN: 85-7322-635-8). 

03) Carlos Delgado de Carvalho: História Diplomática do Brasil (edição fac-similar: Brasília: Senado Federal, 1998; Coleção Memória brasileira n. 13; 420 p.).

02) José Manoel Cardoso de Oliveira: Actos Diplomaticos do Brasil: tratados do periodo colonial e varios documentos desde 1492 (edição fac-similar, publicada na coleção “Memória Brasileira” do Senado Federal; Brasília: Senado Federal, 1997; 2 vols.; vol. I: 1493 a 1870; vol. II: 1871 a 1912). 

01) Mercosul: Textos Básicos (Brasília: IPRI-Fundação Alexandre de Gusmão, 1992, Coleção Integração Regional nº 1). 


[Muitos desses livros encontram-se livremente disponíveis em minhas páginas do site pessoal ou nas plataformas Academia.edu e Research Gate.]